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    Oi quer nova proposta a credores em março e votar no 2º tri, diz presidente

    DA REUTERS

    14/02/2017 16h52

    Nacho Doce/Reuters
    Logotipo da Oi dentro de shopping no centro da cidade de São Paulo
    Logotipo da Oi dentro de shopping no centro da cidade de São Paulo

    A Oi espera apresentar em março uma nova proposta de acordo entre seus credores e acionistas que envolverá, entre outros mecanismos, desconto na dívida e troca de dívida por ações, disse nesta terça-feria (14) o presidente da empresa, Marco Schroeder.

    A expectativa é de que o acordo seja votado já no segundo trimestre, disse o executivo, que falou a jornalistas após participar de evento em Brasília.

    Schroeder afirmou que, neste primeiro momento, a prioridade da empresa é chegar a um acordo entre credores e acionistas para, "no segundo semestre", falar com investidores externos interessados em aportar dinheiro na companhia.

    Falando sobre o que deve ser apresentado em março, o executivo disse que, para os detentores de bônus, por exemplo, que têm a receber cerca de R$ 32 bilhões, a proposta prevê um desconto de cerca de 70% e o valor restante, cerca de R$ 10 bilhões, seria pago parte com dívida nova e parte em ações.

    No caso dos bancos, a dívida de cerca de R$ 15 bilhões deve ser alongada para um prazo de até 17 anos, "com juros aquém dos de mercado".

    Falando sobre o projeto de lei que muda o regime do setor de telefonia fixa e permite o repasse às empresas de bens associados às concessões, Schroeder reiterou que a Oi "não precisa do projeto para sua recuperação judicial".

    Durante seminário do setor de telecomunicaçaões em Brasília, o executivo questionaram o valor de cerca de R$ 100 bilhões atribuído a esses bens, que a lei prevê que sejam repassados às empresas em troca de investimentos em banda larga.

    O valor foi calculado em 2014 pelo TCU (Tribunal de Contas da União), mas segundo as empresas não levaria em conta a depreciação dos ativos.

    O presidente da Telefônica do Brasil, Eduardo Navarro, disse que, na sua avaliação, o valor global dos bens de todas as operadoras deve ficar entre R$ 15 bilhões e R$ 20 bilhões, "já levando em conta o cálculo dos imóveis a valor de mercado".

    TIM

    A Tim Participações , que não tem concessão de telefonia fixa, tem uma posição diferente das outras operadoras sobre a questão da incorporação dos bens reversíveis e os investimento a serem feitos em montante equivalente a esses ativos.

    O vice-presidente de Assuntos Regulatórios da Tim Brasil, Mario Girasole, disse que a conversão do valor dos bens reversíveis em investimentos pode gerar vantagens competitivas em relação aos concorrentes e por isso defende que a infraestrutura que vier a ser construída com esse dinheiro possa ser compartilhada.

    "Não compartilha de graça, compartilha segundo os princípios regulatórios", disse.

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