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    Dólar sobe para R$ 3,08 e Bolsa brasileira cai em linha com exterior

    DE SÃO PAULO

    16/02/2017 20h34

    Carlos Severo/ Fotos Públicas
    Dólar fecha em alta e volta ao patamar de R$ 3,08, um dia após recuar ao menor nível em quase dois anos
    Dólar fecha em alta e volta ao patamar de R$ 3,08, um dia após recuar ao menor nível em quase dois anos

    O dólar fechou em alta nesta quinta-feira (16) e voltou ao patamar de R$ 3,08, um dia após recuar ao menor nível em quase dois anos. A Bolsa brasileira acompanhou o exterior e terminou o dia em baixa sob peso de ações de Vale e de bancos —com exceção do Banco do Brasil, que teve alta no pregão.

    O dólar à vista, referência no mercado financeiro, subiu 0,71%, para R$ 3,083. O dólar comercial teve alta de 0,61%, para R$ 3,085.

    O dia foi de correção nos mercados cambial e acionário, sob peso da indefinição envolvendo as medidas fiscais que podem ser anunciadas pelo americano Donald Trump. "Como não há nada de concreto ainda, a moeda devolveu parte da preocupação que havia no passado com a expectativa de que seriam feitos anúncios mais fortes", avalia Carlos Pedroso, economista sênior do MUFG - Mitsubishi UFJ Financial Group, holding do Banco de Tokyo-Mitsubishi UFJ Brasil.

    Com essa incerteza no radar dos investidores, as moedas emergentes que mais se valorizam no ano em relação ao dólar —e o real é a quarta que mais se apreciou até agora— devolveram parte dos ganhos. Das 24 principais divisas emergentes, 11 se desvalorizaram ante a moeda americana.

    A corrente valorização do real em relação ao dólar, porém, não deve se manter no médio prazo, diz Pedroso. "Conjunturalmente, o dólar tende a se apreciar por causa das dúvidas sobre o Trump e pelas incertezas políticas na Europa. Estruturalmente, a taxa de câmbio de equilíbrio para manter a competitividade das exportações brasileiras está em R$ 3,40. Então esse patamar em torno de R$ 3 não se sustenta", afirma.

    No mercado de juros futuros, os contratos com vencimento curto fecharam em baixa, enquanto os mais longos subiram. O contrato com vencimento em abril de 2017 recuou de 12,245% para 12,225%. O DI com vencimento em janeiro de 2018 subiu de 10,615% para 10,635%. O contrato com vencimento em janeiro de 2021 encerrou com avanço de 10,240% para 10,340%.

    O CDS (credit default swap) de cinco anos brasileiro, espécie de seguro contra calote e termômetro de risco, subiu 3,06%, para 228,090 pontos.

    BOLSA

    Após atingir o maior nível em quase cinco anos, o Ibovespa cedeu ao aumento da cautela no exterior e fechou em baixa de 0,24%, para 67.814 pontos.

    O volume financeiro no pregão foi de R$ 9,4 bilhões, acima da média diária do ano, que está em R$ 7,65 bilhões.

    As ações da Vale e do setor financeiro contribuíram para a baixa do índice nesta quinta-feira. Os papéis preferenciais da mineradora caíram 0,19%, para R$ 31,85. As ações ordinárias tiveram queda de 0,15%, para R$ 33,77.

    A maior parte dos papéis de bancos caiu nesta sessão. As ações do Itaú Unibanco tiveram baixa de 1,94%. As ações preferenciais do Bradesco recuaram 0,33% e as ordinárias, 0,19%. As units —conjunto de ações— do Santander Brasil fecharam o dia com a terceira maior queda do Ibovespa, após se desvalorizarem 2,27%.

    Na ponta contrária, as ações do Banco do Brasil subiram 3,23%, na quinta alta seguida. O banco divulgou no início do dia que seu lucro líquido recuou 61,6% no quarto trimestre na comparação anual. A queda foi reflexo das despesas com o plano de aposentadoria incentivada, queda nas concessões de crédito e do crescimento das reservas contra possíveis calotes.

    As ações da Petrobras fecharam o dia em alta, acompanhando a valorização dos preços do petróleo no exterior. Os papéis preferenciais da estatal tiveram alta de 0,13%, para R$ 15,86. As ações ordinárias subiram 0,65%, para R$ 16,97.

    Folhainvest

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