• Mercado

    Sunday, 19-May-2024 00:34:37 -03
    Guia da Micro, Pequena e Média Empresas (MPME)

    Contra cerveja quente, casal carioca põe álcool no sacolé

    DHIEGO MAIA
    DE SÃO PAULO

    19/02/2017 02h00

    Cansados de tomar cerveja quente em blocos de rua no Carnaval do Rio, dois foliões tiveram uma ideia de negócio: produzir sacolé (geladinho, gelinho ou chup-chup em outras partes do país) com bebidas alcoólicas e frutas.

    "Ele não esquenta, porque o consumo é rápido", diz Marina Martins, 30, formada em relações internacionais.

    A produção começou na casa de Martins, em 2012. Fabricados manualmente, os sacolés seguiam para o isopor, que era levado pelo namorado e hoje sócio na empresa, o administrador Oliver Barcellos, 31.

    O casal seguia o roteiro dos blocos do Rio para vender as bebidas congeladas em saquinho para os foliões.

    A fabricação caseira durou ainda mais dois carnavais. Até que em 2014, após retornarem de uma viagem a Londres, os dois empreendedores decidiram largar seus empregos para apostar tudo no próprio negócio.

    Na época, Martins era analista na Firjan (entidade industrial fluminense) e Barcellos trabalhava numa holding do setor de gás. Assim nasceu o Caipilé Carioca.

    CARA NOVA

    Para se diferenciar no mercado, os sacolés passaram a ser feitos de forma automatizada numa fábrica operada por quatro funcionários. "Todo o envase segue as normas da Anvisa", diz Barcellos.

    A produção, que recebeu um investimento de cerca de R$ 100 mil, também conta com um sistema de refrigeração rápida que garante validade estendida do produto por até um ano.

    Responsável pelas receitas, Barcellos diz que fez vários testes para chegar aos oito sabores das batidas congeladas, que misturam vodka com coco, maracujá, limão e manga. Também há opções sem álcool, servidas em garrafinhas. Um caipilé custa a partir de R$ 3.

    Como o Carnaval é a melhor época para o negócio, a fábrica está operando em sua capacidade máxima. Serão produzidos 1.600 sacolés por dia até o início da folia.

    Para tornar o produto mais conhecido, os empresários usam as redes sociais e participam de eventos na cidade, como os sambas de Zé Pretinho. Eles também promovem campanhas para a escolha de novos sabores.

    Neste Carnaval, os internautas escolheram o drinque cosmopolitan, que vai ganhar uma versão de saquinho.
    A empresa também criou uma segunda embalagem plástica, para proteger o produto. "A meta é chegar às lojas de conveniência e multimarcas", diz Barcellos.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024