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    Bancos não poderão mudar juro em caso de consumidor inadimplente

    MAELI PRADO
    DE BRASÍLIA

    23/02/2017 20h14

    Fernando Frazão/Folhapress
    RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL, 24-07-2012, 10h00: Fábrica de matrizes e cédulas da Casa da Moeda do Brasil (CMB), em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Processo de fabricação e itens de segurança das cédulas da nova família, em especial as notas de R$ 10 e R$ 20, lançadas na última segunda-feira (23), em Brasília, pelo Banco Central. (Foto: Fernando Frazão/Folhapress, FOTO) ***EXCLUSIVO FOLHA***
    CMN decide que banco só pode cobrar de cliente inadimplente o mesmo juro acertado na contratação

    O CMN (Conselho Monetário Nacional) decidiu nesta quinta-feira (23) que, em caso de atraso no pagamento de empréstimos, os bancos só poderão cobrar os mesmos juros acertados com o cliente no momento da contratação da operação.

    A resolução passará a valer em setembro, e abrange operações de consumidores e empresas.

    Segundo Paula Leitão, chefe-adjunta do Departamento de Regulação Financeira do Banco Central, parte das instituições financeiras passava a cobrar taxas de mercado quando o cliente começava a atrasar o pagamento de operações contratadas.

    Além disso, a regra anterior falava em "comissão de permanência" para se referir a taxas a serem cobradas em caso de atraso, o que levava algumas instituições a cobrarem o cliente duas vezes: pela taxa fixada no momento da contratação da operação e também pelas taxas de mercado.

    Se um cliente pegava empréstimo a uma taxa de 6% ao mês, por exemplo, e se tornasse inadimplente em uma época em que os juros de mercado estivessem em 8%, poderia ser cobrado em 8% ou mesmo 14%, se as taxas fossem somadas pela instituição.

    "A norma anterior gerava dúvidas, a atual deixa bem claro para evitar essas situações", disse Leitão.

    Com a nova regra, se os juros lá na frente aumentarem, o consumidor pode acabar pagando mais, admitiu a técnica. "Isso foi levado em conta, mas chegamos à conclusão que dar ao consumidor mais previsibilidade é mais importante".

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