• Mercado

    Tuesday, 07-May-2024 08:39:25 -03

    Custo de mudanças na reforma da Previdência seria alto, estima Itaú

    DE SÃO PAULO

    01/03/2017 02h00

    As mudanças que o Congresso fizer na proposta de reforma da Previdência apresentada pelo governo poderão diminuir de forma significativa o impacto da reforma no equilíbrio das contas do governo federal, de acordo com cálculos feitos pelos economistas do Itaú Unibanco.

    Segundo eles, a reforma permite alcançar uma economia equivalente a 2,7% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2025, ano em que poderá ser revisto o teto estabelecido no ano passado para conter o crescimento dos gastos federais. Seria o equivalente a um terço do que a Previdência Social custou no ano passado.

    Mudanças feitas pelo Congresso na proposta original de reforma do governo poderiam reduzir essa economia a 1,9% do PIB, de acordo com um dos cenários projetados pelos economistas do banco.

    Nesse cenário, a regra de transição para quem está perto da aposentadoria seria mais generosa do que a proposta pelo governo, permitindo que homens com 45 anos de idade ou mais (e não 50) e mulheres com 35 anos ou mais (e não 45) se aposentassem conforme as regras atuais se trabalhassem 25% mais tempo (e não 50%, como estabelece o projeto do governo).

    Essas mudanças reduziriam os ganhos esperados com as medidas que formam o coração do projeto do governo, e também a economia prevista com o fim dos regimes especiais que hoje beneficiam trabalhadores rurais, professores e outras atividades.

    No ano passado, a Previdência teve um deficit equivalente a 2,4% do PIB. Seus benefícios representaram 41% de todas as despesas do governo federal, sem contar os gastos com juros e amortizações da dívida pública.

    Edição impressa

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024