O governo chinês anunciou neste sábado (4) sua meta de crescimento para 2017. O índice ficou em 6,5% –abaixo da previsão de 2016, que era de algo entre 6,5% e 7%.

O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro Li Keqiang em discurso ao parlamento da China durante o Congresso Nacional do Povo, em Pequim. Mais de 3.000 legisladores se reuniram no Grande Salão do Povo.

O PIB chinês avançou 6,7% em 2016 –a expansão da economia no país ocorre em ritmo mais lento na comparação com os 26 anos anteriores.

O primeiro-ministro quer enfrentar "empresas zumbis", que produzem mais carvão e aço do que o necessário para abastecer o mercado. Compromissos similares feitos no passado mostraram-se difíceis de cumprir.

O Congresso Nacional do Povo e seu corpo consultivo realizam reuniões cerimoniais todos os anos, conhecidas como "lianghui" ou "duas sessões".

Os líderes reunidos estão tolerando um crescimento econômico ligeiramente mais lento este ano, pois isso abriria mais espaço para levar adiante algumas reformas dolorosas –e assim lidar com um rápido acúmulo de dívidas, segundo a agência de notícias Reuters.

Já a agência de notícias estatal Xinhua disse que os legisladores e os conselheiros, entre outras questões, discutem a globalização "em uma época em que certas potências ocidentais estão se refugiando no protecionismo e no isolamento".

As reuniões são as primeiras desde a eleição do presidente dos EUA, Donald Trump, que pediu tarifas mais altas para as importações de produtos chineses.

A agência Xinhua também informou que a defesa nacional e as relações com Taiwan, Hong Kong e Macau seriam discutidas.

O primeiro-ministro Li também deve fornecer mais detalhes neste domingo (5) sobre o orçamento para a área de defesa do país, que está previsto para aumentar em 7%.

Neste ano, as reuniões do Congresso Nacional do Povo ocorrem antes de um grande encontro do Partido Comunista Chinês, que será realizado ainda em 2017 e confirmará o segundo mandato do presidente Xi Jinping.