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    Previdência

    Temer planeja rebater na TV e nas redes sociais discurso contra reformas

    GUSTAVO URIBE
    DE BRASÍLIA

    15/03/2017 11h15 - Atualizado às 21h58

    Renato Costa/FramePhoto/Folhapress
    O presidente Michel Temer durante reunião do Conselho Nacional do SESI, no Palácio do Planalto em Brasília.
    O presidente Michel Temer em reunião do Conselho Nacional do SESI, no Planalto

    Com protestos e greves pelo país nesta quarta-feira (15), o presidente Michel Temer iniciou estratégia para tentar neutralizar o discurso contrário à reforma Previdenciária e blindar os partidos da base aliada de pressões populares contra a proposta.

    Além de endurecer o discurso favorável ao texto original enviado pelo Palácio do Planalto, o governo federal pretende veicular ainda nesta semana campanhas televisivas e nas redes sociais para rebater os discursos de movimentos de esquerda e prepara uma cartilha para municiar deputados e senadores na defesa da iniciativa.

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    Para manter o presidente informado sobre o quadro geral, o governo peemedebista tem monitorado as movimentações desde a manhã desta quarta-feira (15).

    Segundo um auxiliar presidencial, o Palácio do Planalto acredita que o movimento que começou forte no início do dia tende a perder força durante a tarde. Em São Paulo, por exemplo, ônibus e metrô voltaram a circular parcialmente.

    A campanha televisiva preparada pelo governo peemedebista pretende rebater as teses de grupos de oposição que contestam o aumento do rombo previdenciário e criticam a necessidade de contribuição de 49 anos para ter direito ao benefício integral.

    Nas redes sociais, a estratégia é de um contra-ataque mais incisivo, com vídeos citando inclusive movimentos de esquerda. Em um deles, colocado no ar na noite de quarta-feira (14), o Palácio do Planalto critica vídeo do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) e afirma que "contratou um ator para encenar uma ficção".

    O ator em questão é Wagner Moura, que gravou um vídeo para o grupo de esquerda criticando pontos da proposta enviada pelo governo ao Congresso. Em nota, Moura afirma que participou da campanha voluntariamente.

    Vídeo Wagner Moura

    Em um contraponto ainda aos protestos desta quarta-feira (15), o Palácio do Planalto também espera que grupos como Vem pra Rua e MBL (Movimento Brasil Livre) defendam a reforma previdenciária na manifestação do dia 26.

    Os dois movimentos já se manifestaram favoravelmente à realização de uma reforma previdenciária nas redes sociais.

    No último final de semana, um técnico do governo se reuniu com integrantes do Vem Pra Rua, a convite do movimento, para explicar a proposta. "O Vem pra Rua não tem posicionamento formal sobre a reforma", diz Rogério Chequer, porta-voz do grupo.

    Enquanto se posiciona para o contra-ataque, o Planalto minimiza as manifestações. Segundo o governo, elas atraíram bastante público, mas foram compostas em sua maioria por pessoas vinculadas à oposição.

    Temer disse, inclusive, que a sociedade tem compreendido a necessidade de apoiar as medidas do governo.

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