• Mercado

    Tuesday, 07-May-2024 12:58:51 -03

    Anac habilita empresas que se apresentaram em leilão de aeroportos

    DIMMI AMORA
    JULIO WIZIACK
    DE BRASÍLIA

    15/03/2017 20h53

    A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) habilitou todas as companhias que apresentaram proposta para a entrar no leilão de quatro aeroportos nesta quinta-feira (16) a partir das 10h30 na sede da Bovespa, em São Paulo.

    De acordo com comunicado da agência divulgado nesta quarta-feira (15), todas tiveram seus documentos validados pela comissão de licitação.

    A agência não informa quantos e quais são os grupos habilitados. A expectativa do governo é que três consórcios estejam na disputa. Eles são liderados pela alemã Fraport, pela francesa Vinci Airports e pela suíça Zurich Airports.

    O governo também tem a expectativa de que tenham sido apresentados lances para os quatro aeroportos –Fortaleza (CE), Salvador (BA), Florianópolis (SC) e Porto Alegre (RS)– e espera arrecadar pelo menos R$ 3 bilhões com as outorgas nessa rodada de licitação.

    Os vencedores investirão R$ 6,6 bilhões.

    Aeroportos em jogo - Fortaleza, Salvador, Florianópolis e Porto Alegre serão concedidos à iniciativa privada

    Uma mesma empresa pode fazer oferta para mais de uma unidade. Se houver mais de um lance na unidade, as empresas disputam o aeroporto num pregão. Vence quem oferece a maior outorga, cujo valor varia de R$ 100 milhões (Porto Alegre) a R$ 1,4 bilhão (Fortaleza).

    Há, no entanto, previsão no edital de que uma mesma empresa não pode ganhar os dois aeroportos na mesma região geográfica.

    TRÊS BILHÕES

    O valor mínimo do leilão é de R$ 3 bilhões com o pagamento de outorgas. Os vencedores precisarão fazer investimentos estimados em R$ 6,6 bilhões nessas unidades.

    Pelo menos quatro empresas que vinha estudando apresentar propostas desistiram. São elas a brasileira CCR, que opera o aeroporto de Confins (MG), a argentina Corporacion América, que opera Brasília (DF) e Natal (RN), a espanhola OHL e o fundo de investimento Pátria, que tinha como sócios a empresa alemã AviAlliance.

    Esse último grupo se desfez no último momento por uma divergência entre os sócios quanto eles já estavam dentro da Bovespa na última segunda-feira (13) para apresentar os documentos.

    Já os outros grupos informaram que desistiram porque seus estudos mostraram que a concessão era inviável devido às estimativas excessivamente otimistas do governo sobre número de passageiros e faturamento do aeroporto e o valor elevado de obrigações do concessionário.

    Em resposta à outras empresas que já haviam tentado impugnar o edital sob a mesma alegação, a Anac alegou que os estudos estavam corretos e que cada companhia era responsável por seus próprios levantamentos.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024