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    operação carne fraca

    PSOL quer CPI para apurar esquema de venda ilegal de carnes

    ANGELA BOLDRINI
    DE SÃO PAULO

    17/03/2017 17h48

    Leandro Colon/Folhapress
    Ivan Valente, do Psol SP, discursa contra impeachment com cartaz anti-Cunha
    O deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP)

    O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) afirmou que começará a coletar assinaturas para a abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar o escândalo divulgado pela operação "Carne Fraca", deflagrada pela Polícia Federal nesta sexta-feira (17).

    A comissão deve focar na atuação de partidos como o PMDB e o PP no esquema de venda ilegal de carnes em frigoríficos e das propinas pagas a fiscais do Ministério da Agricultura para afrouxar a fiscalização.

    "A questão política é central, porque o esquema virou instrumento de corrupção e de financiamento de campanha", afirma o deputado à Folha. "Ainda mais quando aparece o nome do ministro da Justiça em gravações, isso tem de ser investigado", diz.

    Ele afirma esperar conseguir as 171 assinaturas necessárias para a abertura da comissão até a quinta-feira (23).

    OPERAÇÃO CARNE FRACA
    PF deflagra ação em grandes frigoríficos

    Um dos citados na investigação é o atual ministro da Justiça, Osmar Serraglio (PMDB-PR), que na época era deputado federal. Ele aparece em grampo conversando com o suposto líder do esquema criminoso, chamando-o de "grande chefe". A PF, porém, não encontrou indícios de ilegalidade na conduta do ministro, que não é investigado.

    O deputado também pretende ingressar com representação na Procuradoria-Geral da República contra Serraglio. Segundo ele, é "grave" que o "chefe do órgão a que está subordinada a Polícia Federal" trate com intimidade o suposto líder do esquema.

    A operação "Carne Fraca" é a maior operação já realizada na história da instituição, segundo a PF. Foram mobilizados 1.100 policiais em seis Estados (Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Goiás) e no Distrito Federal.

    Em nota, a Polícia Federal afirma que detectou em quase dois anos de investigação que as superintendências regionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento dos Estados do Paraná, Minas Gerais e Goiás atuavam para proteger empresas, prejudicado o interesse público.

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