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    Ministério confirma que China barrou importações de carne brasileira

    DE BRASÍLIA
    DA REUTERS

    20/03/2017 11h10 - Atualizado às 14h50

    O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, tentará pôr fim ao embargo da carne brasileira pela China. Uma videoconferência com autoridades chinesas está marcada para as 21h (horário de Brasília) desta segunda-feira (20).

    Segundo o Ministério da Agricultura, a China decidiu reter temporariamente as mercadorias brasileiras nos portos do país até que o governo brasileiro apresente explicações mais detalhadas.

    Até o momento, não houve deliberação sobre o embargo temporário do Chile. A Coreia do Sul anunciou que decidiu intensificar as fiscalizações de carne de frango importada do Brasil e também baniu temporariamente as vendas de produtos de frango da BRF, maior produtora de carne de frango do mundo. A BRF diz que não foi notificada da decisão.

    OPERAÇÃO CARNE FRACA
    PF deflagra ação em grandes frigoríficos

    Nota do site do ministério informa que o ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) confirmou que a China pediu ao governo brasileiro explicações sobre a Operação Carne Fraca, e que, até receber as informações, o país não desembarcará as carnes importadas do Brasil.

    Maggi, segundo o comunicado, afirma que o Brasil dará todos os esclarecimentos aos chineses o mais rápido possível. O ministro participará de videoconferência com autoridades chinesas na noite desta segunda para prestar esclarecimentos.

    A decisão ocorre após a Coreia do Sul intensificar as fiscalizações de carne de frango importada do Brasil e banir temporariamente as vendas de produtos de frango da BRF, maior produtora de carne de frango do mundo.

    Além disso, a Comissão Europeia disse nesta segunda-feira (20) que está monitorando as importações de carne do Brasil e que todas as empresas envolvidas na Operação Carne Fraca podem ter acesso negado ao mercado da União Europeia.

    RESPOSTA OFICIAL

    O presidente Michel Temer afirmou, nesta segunda (20), que o escândalo tem "poucos servidores envolvidos".

    "Temos cerca de 4.800 plantas de frigoríficos no Brasil, só três plantas foram interditadas, e além delas mais 18 ou 19 serão investigadas", disse o presidente.

    No domingo, em coletiva no Palácio do Planalto, após encontro entre o presidente Temer e 33 embaixadores, o ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) criticou a PF por "erros técnicos" cometidos na Operação Carne Fraca.

    O governo tentou minimizar o caso e rebater os argumentos técnicos da PF. Três pontos foram contestados: o uso de ácido considerado cancerígeno na mistura de alimentos, a utilização de papelão em lotes de frango e de carne de cabeça de porco.

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