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    Previdência

    Com ofensiva do PSDB, Temer busca FHC contra mudanças em reforma da Previdência

    GUSTAVO URIBE
    DE BRASÍLIA

    21/03/2017 15h41

    Giovanni Bello - 19.mai.2016/Folhapress
    Ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em entrevista em maio de 2016
    Ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em entrevista em maio de 2016

    Em contra-ofensiva a movimento pela flexibilização da reforma da Previdência, o presidente Michel Temer visitou na segunda-feira (20) o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e defendeu a necessidade de se manter os principais pontos da proposta original enviada pelo governo peemedebista.

    O encontro, realizado no apartamento do tucano na capital paulista, ocorre no momento em que o partido, o principal aliado da gestão federal, defende alterações no texto enviado pela equipe econômica, entre elas na regra de transição e na aposentadoria rural.

    Segundo relatos, no encontro entre os dois, ambos concordaram com a necessidade de se realizar uma reforma profunda, que não seja "superficial". Em 1998, o tucano aprovou uma reforma previdenciária, mas foi derrotado ao tentar estabelecer uma idade mínima.

    Reforma da Previdência
    As mudanças propostas na aposentadoria

    Não é a primeira vez que o presidente se reúne com o tucano para discutir a proposta de mudança nas aposentadorias. Em novembro, antes de enviar o texto à Câmara, o peemedebista almoçou com o ex-presidente e defendeu a necessidade de aprová-la para o "equilíbrio das contas públicas".

    Na noite de segunda-feira (20), no Palácio do Planalto, o presidente se encontrou com a equipe ministerial para pedir aos assessores e auxiliares que se reúnam com as bancadas da base aliada em uma ofensiva para evitar mudanças no texto original.

    Presente no encontro, o ministro da Educação, Mendonça Filho, reconheceu que "todos os partidos têm algum nível de resistência" em relação à proposta original. Ao todo, foram apresentadas 131 emendas válidas ao texto do Poder Executivo.

    "Todos os partidos sempre têm algum nível de resistência. Não é um tema fácil, é um tema que remete a muita polêmica, desinformação e propagação de notícias falsas", disse.

    O ministro reconheceu que ocorrerão mudanças no texto, mas destacou que elas não podem ser significativas. "Não há espaços para grandes modificações, o que não quer dizer que o Congresso Nacional não possa contribuir para o aprimoramento da proposta", disse.

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