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    Previdência

    Para limitar CPI da Previdência, Jucá assina pedido de criação da comissão

    DÉBORA ÁLVARES
    DE BRASÍLIA

    21/03/2017 19h31

    Pedro Ladeira/Folhapress
    Para limitar CPI da Previdência, Jucá assina pedido de criação da comissão
    Para limitar CPI da Previdência, Jucá assina pedido de criação da comissão

    O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), assinou na noite desta terça-feira (21) o pedido de criação da CPI da Previdência, protocolado à tarde, numa estratégia para limitar o alcance da comissão.

    A intenção da Comissão Parlamentar de Inquérito, cujo pedido é de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS), é investigar a real situação da Previdência Social, de forma a comprovar que não há necessidade de uma reforma previdenciária como a que está sendo proposta pelo governo.

    Sem conseguir impedir o apoio de integrantes da base aliada —além da oposição, assinaram a lista integrantes do PMDB, PSDB e DEM—, a estratégia do governo agora é "tomar conta" da comissão. Por volta das 19h, 60 nomes apoiavam o pedido de criação da CPI.

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    O Palácio do Planalto e lideranças da base no Senado pressionaram alguns senadores que são contrários a Reforma da Previdência proposta pelo presidente Michel Temer, ainda em discussão na Câmara dos Deputados.

    Como o tema é controverso mesmo entre os aliados, preferiu-se então deixar que o assunto seja discutido. Contudo, os governistas mais próximos ao Planalto vão articular cargos estratégicos na CPI, como a relatoria.

    A situação é semelhante à que ocorreu com a CPI do Futebol, cujo requerimento foi protocolado pelo senador Romário (PSB-RJ) em 2015. Incapaz de impedir a criação e instalação da comissão, o governo fez um "jogo de cena" e controlou os trabalhos.

    O relatório oficial, apresentado em novembro de 2016 por Romero Jucá, não pediu nenhum indiciamento como resultado das investigações sobre contratos e negociações da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e seus dirigentes.

    De forma paralela, como voto em separado, Romário e o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) também apresentaram um relatório no qual pediu o indiciamento de nove pessoas.

    No fim das contas, a CPI do Futebol acabou inconclusiva.

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