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    operação carne fraca

    Anvisa proíbe restaurantes de usar carne de 3 frigoríficos investigados

    DE BRASÍLIA

    28/03/2017 17h24

    Edson Silva/Folhapress
    Funcionário em frigorífico em SP
    Funcionário em frigorífico em SP

    A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) determinou nesta terça-feira (28) a interdição cautelar de todos os produtos fabricados pelos frigoríficos Transmeat, Souza Ramos e Peccin, investigados na Operação Carne Fraca, da Polícia Federal.

    Com a interdição, bares, lanchonetes e restaurantes também ficam proibidos de usar as carnes dessas empresas por 90 dias. A medida também reforça a proibição à venda desses produtos no mercado.

    Segundo a Anvisa, a medida é tomada de forma preventiva, até que análises laboratoriais sobre a segurança e qualidade desses produtos sejam concluídas —daí o prazo inicial de 90 dias.

    Restaurantes que forem flagrados utilizando esses produtos podem ser sanções, como advertências e multa. As penalidades variam conforme a infração. Os valores das multas não foram especificados.

    APÓS O RECALL

    A interdição, pela Anvisa, da venda e uso dos produtos ocorre quatro dias após a Secretaria Nacional do Consumidor determinar que os frigoríficos Transmeat, Souza Ramos e Peccin fizessem um recall de todas as carnes vendidas por eles que estejam no mercado, "com o devido reembolso ao consumidor".

    O recolhimento foi definido após uma força-tarefa do Ministério da Agricultura para fiscalizar 21 estabelecimentos citados na operação Carne Fraca encontrar irregularidades nessas três empresas.

    No caso do Souza Ramos em Colombo (PR), o ministério informou ao órgão do consumidor que o local "não detém controle dos processos relacionados a formulação e rastreabilidade de seus produtos não garantindo a inocuidade dos produtos elaborados, fato que levou à interdição da mesma".

    Já em relação ao Transmeat, de Balsa Nova (PR), a informação oficial foi de que "o estabelecimento não detém controle dos processos relacionados à rastreabilidade dos produtos". Sobre a Peccin, de Curitiba (PR), o ministério relatou que há "suspeita de risco à saúde pública ou adulteração" na produção.

    Os três frigoríficos já haviam sido interditados pelo Ministério da Agricultura.

    OUTRO LADO

    Em nota divulgada em seu site, a Peccin Agro Industrial Ltda afirma que "tem amplo interesse" em contribuir com as investigações e que lamenta a "divulgação precipitada de inverdades sobre o seu sistema de produção, sendo que as informações repassadas ao grande público foram no afã de justificar os motivos da operação."

    A Folha procurou os frigoríficos Souza Ramos e Transmeat, mas não recebeu resposta até o início da noite desta terça-feira.

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