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    Comércio no Brasil surpreende e recua 0,7% em janeiro, diz IBGE

    DA REUTERS

    30/03/2017 10h02

    A comercialização de combustíveis e de materiais para escritório caiu com força em janeiro e as vendas no varejo iniciaram o ano com resultado bem pior do que o esperado.

    O comércio teve queda de 0,7% no primeiro mês do ano sobre dezembro, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (30). A expectativa em pesquisa da Reuters era de avanço de 0,60%.

    Sobre um ano antes, o setor despencou 7%, bem pior do que a projeção de recuo de 4,15%.

    Volume de vendas do varejo - Em %

    "Os setores que caíram refletem uma conjuntura desfavorável para economia", afirmou a coordenadora da pesquisa no IBGE, Isabella Nunes. "O ambiente interno melhorou um pouco por causa de inflação e juros, mas há pressão forte que vem de mercado de trabalho, com desemprego alto e renda em baixa", acrescentou.

    Após recorde de perdas e quedas generalizadas em 2016, quando as vendas no varejo encolheram 6,2%, o varejo restrito apresentou perdas generalizadas em janeiro.

    Enquanto a comercialização de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação recuou 4,8%, as vendas de combustíveis e lubrificantes caíram 4,4%.

    No início do mês, a Petrobras anunciou aumento nos preços do diesel nas refinarias, reduzindo-os apenas no fim de janeiro.

    Volume de vendas do varejo - Ano a ano, em %

    "Os combustíveis são reflexo também do menor ritmo da atividade. Com a economia devagar, há menos transportes de cargas, fretes e mercadorias", afirmou Nunes.

    Na outra ponta, as vendas de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, atividade de maior peso na estrutura do varejo, apresentou avanço de 0,2% no período.

    O IBGE informou ainda que o varejo ampliado —que inclui veículos e material de construção—, registrou queda de 0,2% em janeiro, com recuo de 0,8% nas vendas de material de construção.

    Tanto a confiança do consumidor quanto a do comércio medidas pela FGV (Fundação Getulio Vargas) melhoraram nos dois primeiros meses do ano, favorecidas ainda pela redução dos juros que o Banco Central vem promovendo, com queda da Selic para 12,25%.

    Variação da receita nominal do varejo - Em %

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