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    Guia da Micro, Pequena e Média Empresas (MPME)

    Empresários criam versão chique de banheiro químico

    BRUNO BENEVIDES
    DE SÃO PAULO

    03/04/2017 02h00

    Divulgação
    O banheiro criado pela WChic inclui ar-condicionado, água, energia e caixa de resíduos
    O banheiro criado pela WChic inclui ar-condicionado, água, energia e caixa de resíduos

    O ambiente pouco salubre dos banheiros químicos pode estar com os dias contados. Uma empresa de Campinas (a 95 km de São Paulo) criou uma versão mais luxuosa do equipamento.

    Com água, energia e caixa de resíduos própria, o novo banheiro pode ser usado em qualquer tipo de evento ao ar livre, afirma Paula Usier, 34, sócia da empresa dona do conceito, a WChic.

    A ideia surgiu em 2013, a partir de um problema encontrado pelo sócio de Usier, Ernesto Manzur, que organizava eventos. "Imagine fazer um grande evento com área vip e patrocinador e colocar um banheiro químico. É um pesadelo" afirma ela.

    A dupla passou um ano testando protótipos em eventos e amadurecendo um modelo para o negócio. "Como era algo completamente novo, fomos descobrindo enquanto fazíamos", diz Usier.

    A iniciativa enfrentou dificuldades no início, já que os eventos não tinham verba para pagar pelos banheiros -a diária custa R$ 4.500 e inclui serviço de limpeza e técnicos para manutenção.

    Aos poucos, porém, a novidade começou a pegar. "Depois que um evento tem isso, o organizador não pode voltar atrás para o banheiro químico comum", afirma ela.

    Com o sucesso, a empresa adotou o modelo de franchising em 2015. Já são seis franqueados da marca em três Estados, com planos de ampliação para este ano.

    O custo da franquia fica em torno de R$ 300 mil, sendo que metade disso vai para pagar o banheiro -o restante é usado em gastos de instalação e marketing.

    "Nosso plano de negócios previa que as franquias iam ter o retorno em dois anos, mas a maioria conseguiu em apenas um", diz Usier.
    Para a consultora do Sebrae-SP Monica Lemes, um negócio como esse só dá certo quando a empresa comprova que seu produto é superior ao da concorrência.

    "Sempre há um nicho interessado em um produto de maior qualidade. Se o empreendedor consegue mostrar isso, o cliente vai pagar, mesmo com um custo maior", diz.

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