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    Terceirização e reforma trabalhista vão gerar empregos, diz Meirelles

    DE SÃO PAULO

    04/04/2017 17h43

    O projeto de terceirização sancionado pelo presidente Michel Temer na semana passada e a minirreforma trabalhista que tramita no Congresso vão gerar mais empregos e melhorar a renda do brasileiro, disse o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, nesta terça (4).

    Esses efeitos seriam comprovados pela experiência internacional, segundo o ministro. Outros países que flexibilizaram sua legislação trabalhista teriam diminuído o desemprego, afirmou.

    Diante de uma plateia de investidores em evento organizado pelo Bradesco, Meirelles usou dados do mercado de trabalho alemão como exemplo. Após implementar mudanças como o fim do piso salarial e a redução do seguro-desemprego, o número de vagas —sobretudo em tempo integral— e a renda do trabalhador subiram, disse o ministro.

    Terceirização
    Entenda a discussão trabalhista

    Críticos da flexibilização das leis que vem sendo promovida pelo governo afirmam que a liberação da terceirização de todas as atividades e a possibilidade de prevalência do acordado sobre o legislado em negociações trabalhistas vão piorar as condições de emprego no Brasil.

    Essas mudanças, junto com a reforma da Previdência, foram alvos de protesto na última sexta (31). Manifestantes ligados a partidos e movimentos de esquerda se concentraram em diversas capitais contra o que veem como desmonte da CLT e da aposentadoria.

    "O debate é positivo e faz parte da democracia. Estamos trabalhando em uma divulgação intensa para mostrar a necessidade das reformas e seus efeitos positivos", disse Meirelles quando questionado sobre a posição do governo em relação aos atos. "Temos interesse em esclarecer."

    Terceirização: como fica

    INFLAÇÃO

    Meirelles não quis corroborar a previsão de Michel Temer de inflação abaixo do centro da meta, de 4,5%, até o final do ano. Questionado se concordava com a expectativa, o ministro desconversou. "No momento [essa] é a previsão de muitos analistas. O fato é que o Brasil está voltando à normalidade", disse.

    O ministro voltou a defender uma expectativa de crescimento do PIB de 2,7% no último trimestre deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado.

    Segundo ele, a retomada do crescimento econômico e a aprovação das reformas propostas pelo governo podem fazer o PIB potencial aumentar entre 3,5% e 4% em dez anos. Sem as reformas, o perneiras cairia para 2,3%, disse.

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