Quem acerta mais (ou erra menos) previsões: astrólogos ou economistas?

Por via das dúvidas, há quem prefira se garantir consultando os dois. Esse é o caso das 14 pessoas que foram à palestra do astrólogo financeiro Maurício Benis na noite da última quinta-feira (30), em São Paulo.

A R$ 360 a inscrição, elas discutiram a trajetória da taxa básica de juros, as oscilações do câmbio, a instabilidade do governo, o mapa astral do Brasil e o da Bovespa.

A leitura é feita tomando como base a data de 7 de setembro de 1822, às 16h08, em São Paulo —o grito do Ipiranga. Esse é o "nascimento" do país, o que faz do Brasil um virginiano com ascendente em aquário e Sol na casa 8, a casa da dívida (nos Estados Unidos, é na do dinheiro).

Segundo o astrólogo, a leitura dos ciclos indica que até setembro de 2017 o país estará vivendo uma fase crítica, de "falta de crença no potencial positivo" e de "mudanças estruturais".

O Sol agora na casa 12, por exemplo, aponta dificuldade do governo se manter onde está durante todo o período.

Apesar do prognóstico pouco animador para o presidente Michel Temer, o céu parece estar oferecendo um apoio mais sólido ao Planalto do que o Congresso, de acordo com Bernis. "Os astros cobram reforma da Previdência e trabalhista", diz.

INVESTIMENTOS

Para os interessados em dicas de investimentos, Urano entrando na casa 3 indica ventos favoráveis para aeroportos pelos próximos sete anos. A movimentação de Vênus também aponta para fortalecimento da economia e do mercado imobiliário, diz.

A previsão animou Rosemira Uehara, gerente financeira da construtora Meritor, cujo mapa astral foi feito há 17 anos. "Vamos comprar terreno e voltar a construir", diz.

"O mercado usa muito estatística, o passado, o que aconteceu. A astrologia olha pro futuro", diz o gestor de fundos S. C., que pediu para não ser identificado. "As pessoas nem sabem que uso astrologia", afirma.