A alteração nas propostas de reforma da Previdência, com economia menor que a esperada por investidores, e a reviravolta na abertura de capital da Azul fizeram a Bolsa brasileira ampliar perdas e o dólar avançar nesta quinta-feira.

O Ibovespa caiu 0,85%, a 64.222 pontos. O giro financeiro foi de R$ 7,1 bilhões. No pior momento do dia, o índice recuou 1,56%, enquanto no melhor momento chegou a subir 0,23%.

O governo do presidente Michel Temer admitiu alterar a proposta de reforma da Previdência em pelo menos cinco pontos sensíveis: regras de transição, normas para aposentadoria rural, acúmulo de pensões, aposentadorias especiais para professores e policiais e os Benefícios de Prestação Continuada.

Os negócios, que já vinham mostrando viés mais negativo durante a maior parte do pregão, pioraram ainda mais após o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, ter afirmado que, com as mudanças na proposta de reforma da Previdência, o governo deixará de economizar R$ 67,8 bilhões em dez anos.

Também ajudou a azedar o humor do mercado a suspensão por até 30 dias da oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da companhia aérea Azul, anunciada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), após constatar que materiais de apresentação da operação foram divulgados na Internet, o que é proibido.

Petrobras, Vale e ações do segmento financeiro fecharam o dia em queda.

As Bolsas americanas terminaram o dia com ganhos modestos.

DÓLAR

A moeda americana avançou no país com o maior temos sobre aprovação das reformas. O dólar à vista ganhou 0,72%, a R$ 3,1148. O dólar comercial, que fecha mais tarde, subiu 0,93%, a R$ 3,1460.

JUROS

Depois de quatro dias de queda, os juros futuros de curto prazo voltaram a subir nesta quinta-feira. O vencimento janeiro de 2018 subiu de 9,765% para 9,800%. O vencimento para janeiro de 2016 foi de 10,20% para 10,32%.