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    Governo da Estônia usa blockchain para guardar registros de pacientes

    RAPHAEL HERNANDES
    DE SÃO PAULO

    15/04/2017 02h00

    Leda Balbino/Folhapress
    Centro histórico de Tallinn, capital da Estônia. Credito: Leda Balbino / Folhapress ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
    Centro histórico de Tallinn, capital da Estônia

    Na Estônia, a tecnologia do blockchain é usada pelo governo para armazenar informações médicas dos cidadãos do país.

    De acordo com o Ministério de Questões Sociais estoniano, esse registro é feito desde 2008, mas o projeto com a nova tecnologia existe desde o começo de 2016 e está em fase de testes. Ele deve ter seu lançamento oficial ainda na primeira metade de 2017.

    "A tecnologia dá segurança adicional da integridade dos registros, independente do governo, sem comprometer a confidencialidade", disse à Folha o secretário de serviços digitais e inovação do ministério, Ain Aaviksoo.

    No sistema estoniano, pacientes e médicos podem acessar a informação num portal, que reúne informações como prontuário, receitas e vacinas. O serviço é gratuito e atende 98% da população –mais de 1 milhão de pessoas–, segundo o governo.

    "Há planos para expandir o uso da tecnologia, como criar aplicativos para celular", diz Aaviksoo.

    A Guardtime, empresa especializada no armazenamento de informação usando blockchain, oferece o serviço de graça para o governo. Ela já era responsável pela gestão desse conteúdo antes da implementação da ferramenta, usando bancos de dados convencionais.

    "A escolha pelo blockchain se dá pela segurança, a transparência e a escalabilidade [capacidade de dar conta de trabalhar rapidamente com a informação mesmo que ela cresça em volume]", afirmou à Folha Ivo Lõhmus, gerente do departamento da Guardtime que atende o setor público.

    A empresa começou as operações em 2008 e, além de dois na Estônia, tem escritórios nos Países Baixos e nos EUA.

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