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    Até partido de Temer trai governo em reforma trabalhista

    DANIEL CARVALHO
    RANIER BRAGON
    MARIANA CARNEIRO
    DE BRASÍLIA

    18/04/2017 19h58

    Quase todos os partidos da base de sustentação do presidente Michel Temer registraram traições ao governo na votação do requerimento de urgência para votação da reforma trabalhista, na noite desta terça-feira (18).

    Até mesmo o PMDB, partido de Temer, traiu na Câmara, provocando uma imensa dor de cabeça para o Palácio do Planalto, que esperava aprovar a urgência com um mínimo de 308 votos.

    A intenção era utilizar a votação desta terça como vitrine e sinalizar ao mercado financeiro que a base aliada estava unida e que havia votos suficientes para aprovar o que governistas chamam de "mãe das reformas", a reforma da Previdência.

    Esta precisa de ao menos 308 votos, pois é uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição).

    Não adiantou nem mesmo o empenho pessoal de Temer, que fez pessoalmente apelo aos deputados.

    A urgência foi derrotada pois obteve apenas 230 votos a favor, quando eram necessários 257.

    No PMDB, partido de Temer e maior legenda da base, oito dos 48 deputados votantes foram contra a urgência.

    No PSDB, principal aliado do governo, dois foram contrários e um deputado, Izaque Silva (SP), se absteve.

    Os principais traidores foram o PSB e o PR. No primeiro, os votos "não" superaram os "sim": 19 a 12. No segundo, foram 16 votos a favor, mas nove contra.

    A maioria dos votos "não" do Solidariedade já era esperada, pois o partido é ligado à Força Sindical, que tem protestado contra o fim da obrigatoriedade do imposto sindical. Foram nove votos contrários, ante quatro favoráveis.

    O DEM foi a única legenda governista que não traiu. Foram 23 votos a favor. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não vota.

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