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    Previdência

    'Todas as concessões já foram feitas', diz Temer sobre Previdência

    LEANDRO COLON
    DIRETOR DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
    GUSTAVO URIBE
    DE BRASÍLIA

    24/04/2017 14h51

    O presidente Michel Temer afirmou nesta segunda-feira (24) que o governo fez as mudanças que eram possíveis no texto da reforma da Previdência.

    "Todas as concessões já foram feitas", disse o presidente à reportagem da Folha e a outros dois jornalistas, durante almoço em homenagem ao primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, no Palácio do Itamaraty.

    "Hoje começa o processo de convencimento", ressaltou o presidente, ao falar sobre o cenário de votação da proposta na Câmara.

    Temer disse ainda que a reforma será votada quando for possível aprová-la, e citou os dias 8 e 9 de maio como prováveis, apesar da expectativa de que esse cronograma seja adiado.

    A previsão é de que o relatório da proposta seja votado na próxima semana na comissão especial. A intenção do governo é de que o texto aprovado não seja modificado pelo Senado, o que o obrigaria a retornar à Câmara e poderia sofrer novas flexibilizações.

    Questionado pela Folha sobre uma eventual decisão da bancada federal do PSB de não apoiar a reforma, Temer respondeu: "Não vai romper, não".

    A executiva nacional do PSB se reunirá nesta segunda-feira (24) para definir posição sobre o tema.

    Desde o final de semana, o governo tem trabalhado para evitar uma decisão contrária do partido. O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho, do PSB, passou o final de semana em contato com a bancada federal pedindo apoio à proposta.

    Os ministros do núcleo político do Palácio do Planalto também fizeram ofensiva sobre dirigentes da sigla. O receio é que uma decisão desfavorável ao governo possa estimular decisões semelhantes de legendas como PTB e PPS.

    Ainda que a decisão da sigla seja contrária à reforma, o presidente não pretende afastar o ministro em um primeiro momento. Com a expectativa de um placar apertado no plenário da Câmara, a estratégia será a de tentar criar um racha na bancada da legenda.

    A ideia é que, depois da apreciação da reforma na Câmara e no Senado, Temer promova um encontro com o comando nacional do PSB para, aí sim, definir a permanência ou saída da sigla do governo.

    Em uma reunião neste domingo (23), o presidente deu a orientação de que ministros e deputados da base aliada deveriam fazer uma mobilização em prol do da reforma.

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