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    Dólar sobe a R$ 3,15 com cautela sobre reformas, mas Bolsa avança 1,18%

    EULINA OLIVEIRA
    DE SÃO PAULO

    25/04/2017 17h30

    A cautela dos investidores em relação à tramitação das reformas da Previdência e da legislação trabalhista no Congresso aumentou nesta terça-feira (25), depois que o PSB se declarou contra as duas propostas. O posicionamento provocou um racha no quinto maior partido da base governista.

    O dólar comercial fechou em alta, na casa dos R$ 3,15, chegando a atingir a cotação máxima de R$ 3,17 durante a sessão. O Ibovespa, no entanto, terminou com ganho de mais de 1%, na pontuação máxima do pregão. O índice foi influenciado pelo expressivo desempenho das ações de Vale e Petrobras e pelos ganhos da Bolsa de Nova York.

    A comissão especial da Câmara aprovou no fim da tarde desta terça-feira o texto-base do relatório da reforma trabalhista. O texto será votado no plenário da Casa nesta quarta-feira (26).

    Na comissão que analisa as mudanças na Previdência, a votação está prevista para o dia 2 de maio.

    "A votação da reforma trabalhista é um termômetro para a aprovação da reforma da Previdência, por isso os investidores a acompanham com atenção", diz Alessandro Faganello, operador da Advanced Corretora.

    "Enquanto a questão das reformas não estiver resolvida, o mercado deve agir com cautela", afirma Faganello.

    Também se mantém no radar dos investidores a greve geral marcada para a próxima sexta-feira (28) contra as reformas.

    CÂMBIO E JUROS

    O dólar comercial fechou em alta de 0,79%, a R$ 3,1520. Pela manhã, o Banco Central realizou a rolagem de mais de 16 mil contratos de swap cambial que vencem em maio, no montante de US$ 800 milhões. A operação equivale à venda futura de dólares.

    No exterior, a moeda americana teve comportamento misto, após ter recuado mundialmente na sessão anterior por causa do favoritismo do centrista Emmanuel Macron para vencer a eleição presidencial francesa.

    O mercado de juros futuros seguiu o comportamento do câmbio e terminou em alta. O contrato de DI (Depósito Interfinanceiro) para janeiro de 2018 subiu de 9,530% para 9,540% ao ano; o contrato de DI para janeiro de 2021 avançou de 9,920% para 10,050%; e o contrato para janeiro de 2026 passou de 10,350% para 10,540%.

    Neste mercado, investidores buscam proteção contra flutuações dos juros negociando contratos para diferentes vencimentos.

    O CDS (credit default swap) de cinco anos brasileiro, espécie de seguro contra calote e indicador de percepção de risco, ganhava 0,13%, aos 218,014 pontos.

    BOLSA

    O Ibovespa fechou em alta de 1,18%, aos 65.148,35 pontos, na máxima da sessão. O giro financeiro foi de R$ 7,5 bilhões. A aprovação do relatório da reforma trabalhista na reta final do pregão ampliou a valorização do índice.

    As ações da Vale ganharam 3,80% (PNA) e 3,27%, apesar de nova queda do minério de ferro na China. Os papéis da Petrobras subiram 2,20% (PN) e 2,01% (ON), ajudados pela valorização do petróleo no mercado internacional.

    No setor financeiro, Itaú Unibanco PN subiu 0,64%; Bradesco PN, +0,91%; Bradesco ON, +0,31%; Banco do Brasil ON, +0,61%; e Santander unit, +1,98%.

    As ações ON da Eletrobras lideraram os ganhos do Ibovespa, com +6,37%. A estatal não participou do leilão de linhas transmissão realizado nesta segunda-feira (24).

    "A alta dos índices na Bolsa de Nova York,com a expectativa de reforma tributária nos Estados Unidos, e a valorização do petróleo ajudaram o Ibovespa", comenta Ari Santos, gerente de renda variável da corretora H.Commcor.

    Resultados corporativos positivos também impulsionaram o mercado acionário americano. Na Bolsa de Nova York, o índice S&P 500 ganhou 0,68% e o Dow Jones subiu 1,12%. O índice de tecnologia Nasdaq avançou 0,70%, atingindo o nível recorde de 6.025,49 pontos.

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