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    Operação da PF mira lavagem de dinheiro em cinco países

    BELA MEGALE
    DE BRASÍLIA

    26/04/2017 07h58 - Atualizado às 14h21

    Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas
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    Operação da PF mira lavagem de dinheiro em cinco países

    A Polícia Federal deflagrou nesta quarta (26) a Operação Perfídia. O alvo é um grupo supostamente especializado em lavagem de dinheiro, blindagem patrimonial e evasão de divisas, com ramificações em pelo menos cinco países.

    A suspeita é de que possíveis integrantes da organização faziam operações não autorizadas de câmbio, além de dissimularem a compra de imóveis de alto valor e promover evasão de divisas.

    Para isso, segundo os investigadores, eles usavam "laranjas" e falsificavam documentos públicos, especialmente certidões de nascimento emitidas em cartórios no interior do Brasil.

    A PF afirma que os integrantes centrais desse grupo eram donos de postos de gasolina, de agências de turismo e de lotéricas, que lavavam dinheiro por meio da compra fraudulenta de imóveis e de ativos.

    Uma das operações, ainda de acordo com a investigação, a transação chegou a R$ 65 milhões.

    A suposta organização criminosa contava ainda com apoio de advogados, contadores, serventuários de cartórios, empregados de concessionárias de serviços públicos e até de um servidor da Polícia Federal, afirmou a PF.

    Em 2016, uma ação em endereços ligados aos principais investigados encontrou documentos que apontam para uma offshore. Essa empresa, controlada pela organização no exterior, pode ter realizado movimentações que excedem US$ 5 bilhões.

    As investigações começaram, segundo a polícia, a partir de uma prisão em flagrante na imigração do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, em agosto do ano passado.

    Foram emitidos 103 mandados no Distrito Federal e em 11 Estados: Bahia, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás, Pará, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e Tocantins.

    São 53 mandados de busca e apreensão, 46 de condução coercitiva e dois de prisão temporária. Quem decretou as medidas foi o juiz Vallisney Oliveira, da 10ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal.

    Houve condução coercitiva do Carlos Habib Chater (um dos primeiros presos da Lava Jato), dono do Posto da Torre. Alguns dos alvos de prisão são Claudia Chater, prima de Habib Chater, e um de seus funcionários, Edvaldo Pinto.

    A reportagem não conseguiu contato com os alvos da operação.

    O nome Perfídia "é uma referência à traição e deslealdade dos integrantes do núcleo duro da organização criminosa com o país".

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