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    Bancários e metroviários: saiba quais categorias anunciaram adesão à greve

    MÔNICA BERGAMO
    DA COLUNISTA DA FOLHA
    FÁBIO ZANINI
    FERNANDA PERRIN
    DE SÃO PAULO
    LUCAS VETTORAZZO
    DO RIO
    DO UOL

    26/04/2017 12h32 - Atualizado às 23h35

    Aeroviários, metroviários, ferroviários, motoristas de ônibus e motoboys devem paralisar suas atividades nesta sexta-feira (28) em apoio à greve geral convocada por sindicatos e movimentos sociais contra as reformas da Previdência e das leis trabalhistas.

    O Sindicato dos Aeroviários de Guarulhos pediu ajuda ao MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) para paralisar os dois principais aeroportos do país, os de Congonhas e Guarulhos (SP).

    Combinados, os dois terminais têm média de 1.200 pousos e decolagens por dia. Uma paralisação nos aeroportos de São Paulo afetaria o tráfego aéreo no país todo.

    O MTST, em conjunto com outros movimentos e sindicatos que compõem a Frente Brasil Popular e a Frente Povo sem Medo, também organiza uma manifestação a partir das 17h de sexta no Largo da Batata. O plano é seguir em passeata em direção à casa do presidente Michel Temer.

    Reforma trabalhista
    Entenda a discussão trabalhista

    Os organizadores planejam ainda 25 bloqueios de estradas e vias nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Ceará, Pernambuco, Mato Grosso do Sul, Roraima e no Distrito Federal.

    O mote serão as reformas da Previdência e trabalhista, mas a Lava Jato também deve figurar nos discursos. "Há oito ministros e os chefes do Legislativo investigados, além do presidente citado por delatores. Nenhum deles tem condição política para fazer reformas tão importantes, e num processo atropelado", diz Guilherme Boulos, da coordenação do MTST.

    Deve haver participação nos atos de líderes políticos de esquerda, mas não há previsão de presença dos presidenciáveis deste campo, como Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Ciro Gomes (PDT).

    Com a adesão de sindicatos de metroviários, ferroviários e motoristas de ônibus à greve geral, a maior parte do sistema de transporte público de São Paulo deve ser paralisado na sexta-feira.

    Em liminar concedida nesta quarta, o Tribunal Regional do Trabalho determinou aos metroviários que mantenham um efetivo mínimo de 80% trabalhando nos horários de pico e 60% no resto do dia, sob pena de R$ 100 mil.

    Em nota, a PUC-SP também declarou apoio ao movimento de greve e disse "valorizar a organização dos movimentos sociais e sindicais em torno da luta pela manutenção de direitos e da democracia no Brasil".

    DE UBER

    Em uma tentativa de contornar a greve, o prefeito João Doria (PSDB) fez um acordo com a Uber e a 99 para que as empresas transportem de graça os servidores públicos.

    Doria prometeu cortar o ponto dos funcionários que não forem ao trabalho na sexta, após o sindicato da categoria, que reúne cerca de 129 mil pessoas, também declarou adesão ao movimento.

    "Só quem não quer trabalhar é que vai fazer greve. Porque mesmo quem deseja manifestar-se faz isso em horário fora de expediente, faz isso no sábado, faz isso no domingo, faz isso de noite, faz isso na hora do almoço. Não faz durante o trabalho", disse o prefeito em rede social.

    Outras categorias que devem participar da greve em São Paulo são os professores das redes pública e particular, bancários, metalúrgicos e motoboys. Funcionários dos Correios decidiram entrar em greve nesta quarta-feira (26) por tempo indeterminado.

    Há assembleias de outras categorias previstas até a quinta-feira (27) para decidir se vão paralisar as atividades.

    Alguns tribunais também vão suspender suas atividades, caso dos tribunais regionais do trabalho de Minas Gerais e da Bahia.

    Confira quem deve parar:

    SÃO PAULO

    - Metroviários (com exceção da Linha 4-Amarela, administrada por uma empresa privada)
    - Ferroviários (paralisação confirmada nas linhas 7, 10, 11 e 12 da CPTM)
    - Motoristas de ônibus
    - Motoboys
    - Rodoviários
    - Trabalhadores da limpeza urbana
    - Aeroviários de Guarulhos
    - Professores da rede estadual, municipal e da rede privada
    - Funcionários dos Correios
    - Bancários de São Paulo, Osasco e região; Mogi das Cruzes; Campinas; Sorocaba e Jundiaí
    - Metalúrgicos do ABC, Jundiaí, Sorocaba, São Carlos e Vale do Paraíba
    - Trabalhadores da USP
    - Servidores municipais de São Paulo
    - Servidores municipais de São José dos Campos
    - Servidores públicos de Jundiaí
    - Servidores públcios de Limeira
    - Trabalhadores da Saúde e Previdência do Estado de São Paulo
    - Trabalhadores em entidades de assistência à criança e ao adolescente
    - Portuários de Santos
    - Professores universitários de Sorocaba
    - Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente
    - Petroleiros das Refinarias de Paulínia (Replan), Capuava (Recap) de São José dos Campos e Cubatão; e terminais de Guarulhos, Guararema, Barueri, São Caetano, Ribeirão Preto, São Sebastião e Caraguatatuba
    - Comerciários de Osasco e Sorocaba
    - Eletricitários de São Paulo
    - Trabalhadores de confecção e vestuário de Guarulhos

    RIO DE JANEIRO

    - Motoristas, cobradores e fiscais de transporte público do Rio
    - Professores da rede privada
    - Radialistas
    - Trabalhadores de empresas de energia
    - Bancários do Rio, Teresópolis, Baixada, Campos e Macaé
    - Petroleiros do Nortefluminense, Campos e Macaé
    - Professores da rede municipal e estadual de educação pública
    - Docentes da Universidade Federal Rural do Rio
    - Docentes da UFRJ
    - Docentes da UFF
    - Docentes da UERJ
    - Docentes da UniRio
    - Trabalhadores do Turismo
    - Professores da Cefet-RJ
    - Trabalhadores da Fiocruz
    - Servidores da saúde do Estado do Rio
    - Trabalhadores da UFRJ
    - Técnicos industriais
    - Trabalhadores do Cefet
    - Trabalhadores da UFF
    - Servidores do CNPq
    - Trabalhadores de combate a endemias
    - Trabalhadores em segurança do trabalho
    - Sindicato do Instituto Federal do Rio
    - Professores particulares de Macaé
    - Enfermeiras da rede municipal do Rio
    - Intersindical Portuária
    - Rodoviários municipais do Rio
    - Trabalhadores da Coppe/UFRJ
    - Servidores do Incra
    - Trabalhadores da construção pesada
    - Servidores do Judiciário Federal
    - Trabalhadores do IBAMA e do ICMBio
    - Servidores do INPI
    - Trabalhadores do Museu do Índio (Funai)
    - Portuários do Rio de Janeiro (capital)
    - Estivadores (capital)
    - Conferentes (capital)
    - Arrumadores (capital)
    - Consertadores (capital)
    - SindMed
    - Moedeiros da Casa da Moeda
    - Servidores federais da educação técnica
    - Engenheiros do Estado
    - Prestadores de serviço público de informática do Estado
    - Trabalhadores de bloco - portuários do Estado
    - Vigias portuários
    - Servidores do serviço público federal
    - Funcionários do Banco Central
    - Funcionários dos Correios

    MINAS GERAIS

    - Motoristas de ônibus e demais trabalhadores rodoviários de Belo Horizonte e região
    - Bancários de Belo Horizonte e região
    - Petroleiros
    - Metroviários
    - Professores da rede privada
    - Servidores municipais de Belo Horizonte
    - Metalúrgicos
    - Funcionários dos Correios
    - Sindicato dos trabalhadores em educação de Minas Gerais

    DISTRITO FEDERAL

    - Rodoviários
    - Metroviários
    - Bancários

    PERNAMBUCO

    - Rodoviários de Recife
    - Metroviários de Recife
    - Bancários
    - Aeroviários

    CEARÁ

    - Trabalhadores estaduais da saúde
    - Bancários
    - Rodoviários

    BAHIA

    - Motoristas, cobradores e fiscais do transporte urbano de Salvador
    - Rodoviários

    RIO GRANDE DO SUL

    - Rodoviários
    - Metroviários
    - Bancários
    - Professores das redes municipal, estadual, privada e federal
    - Aeroviários

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