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    Temer cortará ponto de quem faltar ao trabalho para participar de greve

    GUSTAVO URIBE
    DE BRASÍLIA

    26/04/2017 20h28

    No dia em que serão realizados protestos contra as reformas governistas, o presidente Michel Temer cortará o ponto de servidores públicos que faltarem ao trabalho para aderir à greve geral marcada para sexta-feira (28).

    Para adotar a medida, a atual administração tem se baseado em decisão de outubro do STF (Supremo Tribunal Federal), a qual estabeleceu que o poder público deve cortar os salários de servidores em paralisação.

    O Palácio do Planalto tem lembrado que na sexta-feira (28) não haverá ponto facultativo, mesmo às vésperas do Dia do Trabalhador, e que, portanto, o entendimento da Suprema Corte pode ser adotado.

    A expectativa de assessores e auxiliares presidenciais é de que a adesão de categorias de trabalhadores ao protesto desta sexta-feira (28) seja maior ao da última manifestação, realizada em março.

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    O monitoramento das redes sociais, no entanto, tem apontado que a mobilização tem se concentrado nos grandes centros urbanos, tendo pouca repercussão nos municípios de médio e pequeno portes.

    Para reduzir o potencial das manifestações, aliados do presidente consideram buscar centrais sindicais mais próximas ao governo peemedebista, como Força Sindical e UGT (União Geral dos Trabalhadores). As duas, contudo, não têm demonstrado disposição em desistir das paralisações.

    O presidente avaliava viajar no dia da manifestação, mas decidiu permanecer em Brasília, onde acompanhará as mobilizações. O receio é que o aumento do movimento eleve a pressão sobre a base aliada contra a reforma previdenciária, a principal bandeira política da atual gestão.

    Nas últimas semanas, o Palácio do Planalto tem tentado blindar parlamentares governistas que têm recebido queixas de sua bases eleitorais sobre as reformas previdenciária e trabalhista.

    Com esse objetivo, além de aumentar a publicidade em veículos de comunicação, o presidente tem concedido uma bateria de entrevistas, incluindo programas populares, como dos apresentadores José Luiz Datena, da Bandeirantes, e de Carlos Roberto Massa, o Ratinho, do SBT.

    Em campanha nacional, a gestão peemedebista já gastou até agora R$ 29,5 milhões só com produção e veiculação de propagandas favoráveis às mudanças na aposentadoria.

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