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    Cautela com greve geral e Vale pesam e Bolsa brasileira recua pelo 2º dia

    DE SÃO PAULO

    27/04/2017 18h29

    A desvalorização das ações da Petrobras, acompanhando a queda do petróleo no exterior, e o recuo de mais de 3% da mineradora Vale pressionaram em baixa a Bolsa brasileira nesta quinta-feira (27). O dia também foi marcado por cautela provocada pela greve geral desta sexta-feira (28), a primeira em 20 anos no país.

    O Ibovespa, principal índice do mercado acionário brasileiro, fechou em baixa de 0,29%, para 64.676 pontos, no segundo dia de queda. O volume negociado na sessão foi de R$ 7,78 bilhões, pouco abaixo da média diária do ano, de R$ 8,06 bilhões.

    As ações da Vale caíram mais de 3%. Os papéis mais negociados recuaram 4,33%, para R$ 25,60, e as que têm direito a voto caíram 3,25%, para R$ 26,83. Somadas, elas detêm 8,3% de peso no índice.

    A mineradora divulgou, antes da abertura do pregão, os resultados do primeiro trimestre do ano, no qual teve lucro 25% maior em relação ao mesmo período de 2016.

    Apesar do resultado, analistas avaliam que as perspectivas para a empresa no restante do ano não são tão positivas, por causa da queda dos preços do minério de ferro.

    Os papéis da Petrobras também fecharam em baixa, acompanhando a queda dos preços do petróleo no exterior. As ações mais negociadas recuaram 1,93%, para R$ 13,73, e as ordinárias (com direito a voto) caíram 1,53%, para R$ 14,20.

    No setor financeiro, as ações de bancos fecharam em alta, ancoradas no forte ganho dos papéis do Bradesco. A segunda maior instituição financeira do país viu seu lucro crescer 13% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período de 2016, para R$ 4,65 bilhões.

    O banco, o segundo maior privado do país, atribuiu o crescimento do lucro à redução dos valores provisionados para perdas com calotes e também ao corte de custos administrativos e com pessoal.

    As ações preferenciais do Bradesco subiram 2,92%, e as ordinárias tiveram valorização de 2,99%. As ações do Itaú Unibanco avançaram 0,57%, o Banco do Brasil subiu 1,40% e as units —conjunto de ações— do Santander Brasil teve alta de 0,68%.

    DÓLAR

    No mercado cambial, o dólar fechou sem uma direção, acompanhando a indefinição observada no exterior.

    O dólar à vista, referência no mercado financeiro, caiu 0,87%, para R$ 3,175. O dólar comercial subiu 0,31%, para R$ 3,183.

    Entre as 24 principais moedas emergentes, o dólar fechou com valorização em relação a 12.

    Os últimos dias do mês também são marcados pela formação da Ptax, a taxa que serve de referência para contratos cambiais. Isso costuma gerar instabilidade nas cotações da moeda americana.

    Nesta quinta, o Banco Central fez mais um leilão de swap cambial tradicional —equivalente à venda de dólares no mercado futuro. A autoridade monetária vendeu 15.785 contratos, concluindo assim a rolagem total dos vencimentos de maio, equivalentes a US$ 6,389 bilhões.

    Em junho, segundo dados do BC, vencem o equivalente a US$ 4,435 bilhões em swap tradicional. O estoque total era um pouco menor que US$ 18 bilhões.

    Com Reuters

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