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    Escolas públicas e particulares de São Paulo aderem à greve e não têm aulas

    EDUARDO GERAQUE
    DE SÃO PAULO

    28/04/2017 10h42 - Atualizado às 16h07

    Várias escolas particulares e públicas da capital fecharam suas portas nesta sexta-feira (28) em apoio à greve geral no país convocada pelas centrais sindicais.

    Colégios tradicionais, como Palmares, Santa Cruz, Sion, Santo Ivo e Equipe não tiveram aula.

    Na zona sul, Elvira Brandão, Nova Escola e Santa Maria também não abriram.

    No ensino público, mesmo com o prefeito João Doria (PSDB) prometendo cortar o ponto dos grevistas, algumas escolas municipais não funcionaram, caso da Paulo Nogueira Filho, na Casa Verde.

    O mesmo ocorreu em estabelecimentos geridos pelo governo estadual, como a escola Doutor Alarico Silveira, em Campos Elíseos, que estava trancada na manhã de sexta.

    Nas escolas particulares em que os professores não aderiram à greve, o dia de trabalho sofreu alterações.

    No Dante Alighieri, onde pela manhã o movimento no portão de entrada esteve abaixo do normal, muitos alunos deveriam faltar, segundo um pai que optou por não se identificar.

    O Arquidiocesano e o Bandeirantes também não aderiram à convocação de greve geral. Mas no tradicional colégio da rua Estela, a não paralisação gerou polêmica.

    Os alunos do Bandeirantes se reuniram fora da escola para debater sobre a greve geral. Segundo eles, a direção da escola não deu espaço ao debate. E os professores, por medo de represália, decidiram trabalhar.

    Nas redes sociais, pais de alunos da escola comemoravam a decisão da direção, que soltou uma nota dizendo que as aulas seriam dadas normalmente. Para a direção da escola, a decisão de não parar foi negociada com todos.

    No Santa Cruz, que também parou, houve debates internos sobre a adesão à greve. Enquanto os professores soltaram uma carta defendendo o direito de parar, parte dos alunos do Santa divulgou outro documento rebatendo os professores.

    AULA ABERTA

    Os educadores do colégio Equipe, um dos primeiros a anunciar a paralisação nesta sexta-feira, fizeram aulas abertas no Largo Santa Cecília, região central de São Paulo. O objetivo dos eventos era discutir temas como reforma de previdência e educação.

    Em uma delas, uma dupla de professores, com violão e um texto apresentado em forma de dueto, discutiu os prós e contras a reforma da Previdência. Para eles, uma das soluções do problema previdenciário passa pela cobrança das pessoas jurídicas que devem para o governo.

    Alunos e mestres evitaram falar com a reportagem.

    A aula recebeu muitos aplausos dos outros professores que estiveram no local, além de alunos e seus pais. O evento da manhã terminou com um coro de Fora Temer.

    O clima no Largo Santa Cecília no final da manhã de sexta-feira era tranquilo. A sexta-feira, por causa da greve, parecia um domingo.

    A forte adesão dos metroviários e motoristas de ônibus à paralisação esvaziou o centro de São Paulo.

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