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    Banco central dos EUA mantém taxa de juros

    DA REUTERS

    03/05/2017 15h45

    Jim Lo Scalzo - 19.mar.2014/Efe
    A presidente da Fed (Federal Reserve), Janet Yellen durante entrevista coletiva no comitê de mercado, em Washington (EUA). Em sua primeira reunião como presidente, Yellen indica que começará a elevar taxa no primeiro semestre de 2015. *** JL08 WASHINGTON (ESTADOS UNIDOS), 19/03/2014.- La presidenta de la Reserva Federal, Janet Yellen durante una rueda de prensa celebrada en el comité de mercado de la Reserva Federal en Washington, Estados Unidos hoy 19 de marzo de 2014 en donde ha defendido que la subida de tipos de interés no esté ligada a la referencia del 6,5 % por ciento de tasa de desempleo, dadas las nuevas condiciones económicas. EFE/Jim Lo Scalzo ORG XMIT: JL08
    Presidente da Fed, Janet Yellen, durante entrevista coletiva no comitê de mercado, em Washington

    O Fed (Federal Reserve), banco central dos EUA, manteve inalterada a taxa de juros nesta quarta-feira (3).

    A ação da instituição minimizou crescimento econômico fraco no primeiro trimestre e enfatizou a força do mercado de trabalho, em um sinal de que o banco central dos Estados Unidos pode apertar a política monetária já em junho.

    Em um comunicado otimista, o Fed também afirmou que os gastos do consumidor continuaram sólidos, os investimentos empresariais se firmaram e a inflação tem "estado perto" da meta do Fed.

    "O comitê vê a desaceleração do crescimento durante o primeiro trimestre como provavelmente transitório", disse o Fed em um comunicado unânime.

    O mercado de trabalho continuou a se fortalecer mesmo com a desaceleração no crescimento da atividade econômica e os "fundamentos que sustentam o contínuo crescimento permanecendo sólidos", completaram as autoridades.

    Juros dos EUA - Evolução da taxa, em %

    O Fed elevou os juros em 0,25 ponto percentual na sua última reunião, em março, para uma faixa entre 0,75% e 1%.

    Antes da reunião, a maioria das autoridades do Fed havia deixado claro que, em contraste a anos anteriores, o banco central se sente mais confiante em sua projeção de mais duas altas em 2017.

    As autoridades do Fed têm ficado animadas com recentes dados econômicos que mostraram alta no investimento empresarial e o crescimento mais forte do salário em uma década. A taxa de desemprego também caiu em março para perto da mínima em 10 anos.

    Entretanto, alguns também disseram que querem mais dados antes de adotar medidas adicionais para normalizar os juros. As autoridades ainda aguardam clareza sobre o volume e escopo dos cortes de impostos, gastos de infraestrutura e mudanças regulatórias que a administração Trump conseguirá aprovar no Congresso.

    A inflação tem aumentado, mas o chamado núcleo do índice de preços PCE aumentou 1,6% nos 12 meses até março, alta mais fraca desde julho. O núcleo do PCE é a medida preferida de inflação do Fed.

    Em seu comunicado, o Fed mostrou pouca preocupação com o enfraquecimento da inflação, caracterizando-a como "perto da meta de longo prazo do comitê de 2%".

    Como funciona o FED

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    ENTENDA OS JUROS

    O que significa para o brasileiro o aumento dos juros americanos?

    O impacto mais imediato é no dólar. A tendência é que a moeda americana ganhe força nos próximos meses em relação ao real e a outras moedas emergentes. Isso acontece porque a tendência é que os investidores estrangeiros deixem os mercados de países emergentes (com juros mais atrativos, mas com risco maior) e rumem para os EUA, atraídos pelo aumento da taxa. Essa saída de dólar torna a moeda mais rara, elevando seu preço

    Mas, fora o turista que vai para os EUA, alguém mais é afetado com o dólar mais caro?

    A valorização da moeda americana é sentida em diversos setores da economia. Um dos que sentem o impacto mais fortemente é o exportador, já os preços dos produtos ficam mais competitivos lá fora. Empresas que importam matéria-prima, porém, são prejudicadas e têm que repassar o aumento de preços para o consumidor. Esse reajuste, que tem impacto na inflação, é sempre complicado, ainda mais em um momento de desemprego alto no país

    Subir juros não é ruim para a economia? Por que os EUA estão fazendo isso?

    Juros muito baixos também podem ser nocivos para a economia. "Despejar" dinheiro barato na economia pode não só estimular inflação como incentivar a criação de bolhas (no mercado de ações e imobiliário, por exemplo)

    Essa é uma decisão de Donald Trump?

    Não, o BC dos EUA é independente. O aumento dos juros é um reflexo da economia, que está com taxa de desemprego muito baixa e com longo período de crescimento do PIB (11 trime

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