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    Centrais planejam 'ocupar Brasília' nas próximas semanas contra reformas

    FERNANDA PERRIN
    DE SÃO PAULO

    04/05/2017 18h40

    As centrais sindicais que organizaram a greve geral na sexta (28) definiram um calendário de ações em Brasília contra as reformas trabalhista e da Previdência. Caso os projetos avancem, eles discutirão uma nova greve geral.

    O plano é visitar deputados e senadores entre os dias 8 e 12 de maio para convencê-los a rejeitar as propostas do governo e, entre os dias 15 e 19, fazer manifestações contra as votações no Congresso.

    Uma grande marcha de sindicalistas, ainda sem data definida, deve acontecer na semana do dia 15 de maio.

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    As decisões foram tomadas nesta quinta (4) em reunião na sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em São Paulo. Participaram do encontro a CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), a Intersindical, a CSP-Conlutas (Central Sindical e Popular), a UGT (União Geral dos Trabalhadores), a Força Sindical, a Nova Central, a CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros) e a CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil).

    "Existe a possibilidade de greve geral maior que no dia 28 se as ações que fizermos não gerarem frutos", afirmou o presidente da CUT, Vagner Freitas.

    A Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo, que organizaram protesto em São Paulo contra a reforma no dia da greve geral, também estiveram na reunião.

    As entidades também fizeram um balanço positivo do movimento no dia 28 de abril.

    "Estamos em outro patamar para a retirada das propostas. A opinião pública é contrária às reformas", disse Freitas.

    As paralisações a protestos atingiram ao menos 130 cidades no país. Na estimativa de sindicalistas, 40 milhões de trabalhadores pararam.

    Nas principais capitais, como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, greves no setor de transportes e a baixa movimentação nas ruas fizeram com que o dia parecesse feriado.

    Houve registro de conflitos e depredações em nove cidades.

    Mapa da greve geral

    A reforma trabalhista foi aprovada no plenário da Câmara dos Deputados na semana passada e agora tramita no Senado.

    O texto-base da reforma da Previdência foi aprovado nesta quarta (3) na comissão especial da Casa que discute o assunto.

    DORIA

    As entidades também decidiram orientar todos os sindicatos a processarem o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB).

    O tucano chamou os sindicalistas de "vagabundos" por terem promovido paralisações na sexta (28).

    "Se ele está achando que vai surfar na onda para aparecer às nossas custas, nós vamos criminalizá-lo. Vagabundo é ele", disse o presidente da CUT.

    O repúdio a Doria já havia marcado o evento da Força Sindical em comemoração ao 1º de Maio.

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