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    Previdência

    Veja 12 opções de investimento para uma aposentadoria melhor no futuro

    DANIELLE BRANT
    DE SÃO PAULO

    08/05/2017 02h00

    Diante das mudanças propostas pela reforma da Previdência em tramitação no Congresso, muitos brasileiros estão preocupados em como garantir uma renda ao se aposentar próxima do seu padrão de vida.

    Veja opções oferecidas pelo mercado financeiro, das menos arriscadas para as mais, para quem quiser investir sozinho para tentar garantir uma aposentadoria melhor no futuro.

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    MENOS ARRISCADAS

    Poupança

    O que é: aplicação cujos recursos ajudam a financiar o setor imobiliário
    Vantagem: não há aplicação mínima, basta abrir a conta no banco, e é fácil resgatar. O FGC garante até R$ 250 mil por banco e por CPF
    Desvantagem: rentabilidade baixa
    Custo: não tem imposto de Renda

    Títulos públicos

    O que são: papéis emitidos pelo governo para financiar suas despesas
    Vantagem: risco baixo de o governo dar calote, rentabilidade maior que a poupança e aplicação inicial baixa (R$ 30); alguns papéis têm vencimento em 2050, o que ajuda se o objetivo for a aposentadoria
    Desvantagem: títulos prefixados podem ter oscilação de preço e provocar perdas se vendidos antes do vencimento; precisa ter conta em corretora
    Custo: imposto de Renda (de 22,5% até 6 meses a 15%, após 2 anos); taxa de custódia (0,30%) e taxa de administração (algumas corretoras não cobram)

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    MEIO ARRISCADOS

    Debêntures

    O que são: papéis emitidos por empresas para financiar investimentos
    Vantagem: para atrair investidores, paga mais que títulos públicos; diversifica o investimento e tem prazos longos, o que ajuda se o objetivo for a aposentadoria
    Desvantagem: investidor tem dificuldade de vender antes do vencimento; precisa ter conta em corretora
    Custo: imposto de Renda (de 22,5% até 6 meses a 15%, após 2 anos); debêntures emitidas para investimentos em infraestrutura são isentas de IR

    Imóveis

    O que são: casas, apartamentos ou terrenos comprados com objetivo de lucro
    Vantagem: é considerado patrimônio e segurança para o investidor
    Desvantagem: dificuldade de vender, desvalorização em caso de crise, vacância e rentabilidade do aluguel (0,5% do valor do imóvel, mesmo rendimento da poupança)
    Custo: taxas de cartório, juros de bancos (se for financiado), IR sobre aluguel e sobre venda (se não for único imóvel)

    CDBs

    O que são: títulos emitidos por bancos
    Vantagem: rentabilidade maior que a da poupança, garantia do FGC até R$ 250 mil por emissor e por CPF, é fácil de vender
    Desvantagem: risco de calote do banco, em parte mitigado pelo FGC; maior parte é pós-fixada, e rentabilidade cai em cenário de queda de juros; para quem quer se aposentar, é preciso ficar recomprando os CDBs, pois o vencimento é curto (até 5 anos)
    Custo: imposto de Renda (de 22,5% até 6 meses a 15%, após 2 anos)

    LCI e LCA

    O que são: títulos emitidos por bancos com lastro em crédito imobiliário ou rural
    Vantagem: rentabilidade, garantia do FGC até R$ 250 mil por emissor e por CPF, isenção de IR
    Desvantagem: risco de calote do banco, em parte mitigado pelo FGC; maior parte é pós-fixada, e rentabilidade cai em cenário de queda de juros; dificuldade de vender antes do vencimento; prazo curto, como os CDBs
    Custo: imposto de Renda

    Fundos de renda fixa

    O que são: compram títulos públicos ou de empresas e bancos
    Vantagem: investidor não precisa escolher os títulos ou fazer a gestão do investimento; tem facilidade para vender as cotas e o investidor não precisa se preocupar com prazo
    Desvantagem: se a taxa de administração for elevada, por corroer os ganhos do investidor; não tem garantia do FGC
    Custo: tem come-cotas (IR cobrado duas vezes por ano); o Imposto de Renda vai de 22,5% até 6 meses a 15%, após 2 anos; tem taxa de administração e pode cobrar outras taxas, como entrada e saída

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    MAIS ARRISCADOS

    Fundos de ações

    O que são: compram ações de empresas
    Vantagem: os fundos com gestor ativo podem render mais que os índices de referência do mercado; o investidor não precisa se preocupar com prazo ou a escolha das empresas
    Desvantagem: como investimento em renda variável, pode haver perdas; conforme o investidor envelhece, é recomendado que diminua a exposição a ativos arriscados; taxas podem reduzir ganhos
    Custo: imposto de Renda (15% sobre o ganho); há taxa de administração e pode haver taxas de performance, entrada e saída

    Fundos imobiliários

    O que são: compram imóveis e terrenos
    Vantagem: é uma forma de investir no mercado imobiliário mais barata do que comprar um imóvel; alguns pagam rendimento mensal
    Desvantagem: as cotas são negociadas em Bolsa e variam; o investidor tem que escolher um fundo que tenha diferentes imóveis em sua carteira, para diversificar o risco; precisa ter conta em corretora; conforme o investidor envelhece, é recomendado que diminua a exposição a ativos arriscados
    Custo: imposto de Renda (20% sobre o ganho)

    Fundos multimercado

    O que são: investem em renda fixa, ações, moedas e juros
    Vantagem: permite diversificar investimentos e podem oferecer rentabilidade maior do que a de aplicações conservadoras
    Desvantagem: oscilam bastante, o que pode assustar os investidores com menos sangue frio. Além disso, podem cobrar taxas de desempenho e administração mais salgadas
    Custo: imposto de Renda de 20% (de seis meses a um ano) a 15% (acima de dois anos); para aplicações de curto prazo, IR de 22,5% a 20%; taxas de administração e taxas de performance

    Fundos cambiais

    O que são: acompanham a variação de moedas estrangeiras
    Vantagem: ajuda a proteger quem tem uma viagem programada para o exterior ou dívida em moeda estrangeira, mas não deve ser encarado como investimento para aposentadoria
    Desvantagem: não deve ser considerado investimento, e sim uma forma de se proteger de variações cambiais; taxa de administração costuma ser elevada
    Custo: imposto de Renda (de 22,5% até 6 meses a 15%, após 2 anos); tem taxa de administração e pode ter taxa de performance, de entrada e de saída

    Ações

    O que são: parte do capital das empresas
    Vantagem: podem render mais que os fundos de ações, dependendo do papel e das perspectivas para o setor e para a economia
    Desvantagem: as ações são negociadas em Bolsa e variam; pode haver dificuldade de vender as cotas; conforme o investidor envelhece, é recomendado que diminua a exposição a ativos arriscados; tem custo a cada operação de compra e venda
    Custo: imposto de Renda (15% sobre o ganho); há custo com corretagem

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