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    Petrobras inclui Pasadena e África em plano de venda de ativos

    NICOLA PAMPLONA
    DO RIO

    10/05/2017 10h18

    Richard Carson/Agência Petrobras
    Petrobras CEO Jose Sergio Gabrielli de Azevedo and other Petrobras executives during news conference and visit to Pasadena Refinery System, Inc. in Pasadena, TX after acquiring 50% stake in refinery for $360 million USD. PETROBRAS IMAGE BANK/Richard Carson
    Refinaria de Pasadena, adquirida pela Petrobras em 2006

    A Petrobras decidiu incluir a refinaria de Pasadena e sua participação na Petrobras África na nova lista de ativos que compõem o seu plano de desinvestimentos. Os dois ativos e a nova metodologia de venda foram aprovados pela diretoria da companhia em reunião nesta terça (9).

    O plano de venda de ativos havia sido suspenso pelo TCU (Tribunal de Contas da União), que determinou à Petrobras a adoção de um modelo mais transparente de negociações. O objetivo da Petrobras é levantar US$ 21 bilhões até o fim de 2018.

    A empresa não listou os ativos que estão na nova fase do plano de desinvestimentos, citando apenas Pasadena e as operações na África. Disse que novos ativos serão anunciados na medida em que forem aprovados.

    A refinaria de Pasadena é alvo de investigações na Operação Lava Jato, por cláusulas que beneficiaram o antigo sócio da estatal, a Astra Oil. Após uma disputa jurídica, a Petrobras pagou pela refinaria US$ 1,2 bilhão, 27 vezes a mais do que a Astra havia desembolsado pelo negócio.

    A unidade enfrenta também questionamentos na Justiça dos Estados Unidos, por violações de limites de emissões de poluentes previstos em sua licença ambiental. Quase centenária, a unidade teve uma série de acidentes nos últimos anos.

    Já a Petrobras África foi criada em 2013, a partir da união de operações da estatal no continente. Metade da companhia foi vendida por US$ 1,5 bilhão ao BTG, do banqueiro André Esteves - preso em 2015 acusado de tentar obstruir a Lava Jato.

    Na nova metodologia de desinvestimentos, a estatal terá que anunciar o início das negociações de cada ativo, para dar chance de participação a qualquer interessado. Até agora, a companhia escolhia os concorrentes.

    Em 2015, a empresa vendeu US$ 13,6 bilhões, incluindo participações em distribuidoras de gás natural, gasodutos, campos de petróleo e a Liquigás, distribuidora de gás de botijão.

    Na lista de venda elaborada antes da suspensão estava ainda uma fatia acionária da BR Distribuidora, a maior subsidiária da companhia.

    Em nota distribuída nesta quarta, a empresa disse que seu programa de desinvestimentos "é dinâmico e poderá ser alterado devido às condições de mercado e às sucessivas análises do portfólio".

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