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    EUA e China fazem acordo comercial de carne, gás e serviços financeiros

    DA AFP

    12/05/2017 09h23

    Carlos Barria/Reuters
    Os presidentes Donald Trump, dos EUA, e Xi Jinping, da China, se reúnem no clube Mar-a-Lago, em Palm Beach (Flórida), nesta quinta
    Presidentes Donald Trump (esq.), dos EUA, e Xi Jinping, da China, em encontro na Flórida

    Washington e Pequim anunciaram nesta sexta-feira (12) um acordo comercial para exportações de carne e gás dos Estados Unidos para a China, que também vai aceitar alguns serviços financeiros americanos.

    A China autorizará as importações de carne bovina após um embargo de 13 anos e as empresas chinesas poderão comprar gás natural nos Estados Unidos, segundo o texto do acordo, apresentado como o primeiro resultado concreto dos contatos entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping.

    Trump, que durante a campanha eleitoral criticou duramente a China, recebeu o presidente Xi no início de abril em sua residência de Mar-a-Lago, na Flórida.

    Após a reunião, Trump celebrou o que chamou de "progressos espetaculares" na relação entre os dois países e prometeu um "plano de ação" de 100 dias para reforçar a cooperação entre eles.

    O texto do acordo estabelece que a China autorizará até o fim de julho as importações de carne bovina americana.

    A China suspendeu totalmente as importações de carne bovina dos Estados Unidos em 2003, após a descoberta de um caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), também conhecida como "mal da vaca louca", no país.

    Washington solicitava havia vários anos a reabertura do mercado chinês, onde o consumo de carne aumentou de forma espetacular e que os fazendeiros americanos consideram crucial.

    Em contrapartida, o governo dos Estados Unidos suprimirá "o mais rápido possível" as restrições à importação de carne de ave chinesa.

    No campo da energia, Washington autorizará as empresas chinesas a comprar gás natural americano.

    "A China não será tratada menos favoravelmente que outros países" que não dispõem de um acordo de livre comércio com os Estados Unidos, estabelece o acordo.

    Como parte do acordo, Pequim autorizará empresas estrangeiras a oferecer serviços de classificação financeira na China. Também promete "acesso rápido e completo" ao mercado chinês aos sistemas americanos de pagamento eletrônico.

    Por fim, a China celebrou o envio de uma delegação americana ao fórum diplomático "Novas Rotas da Seda", que começa no próximo domingo em Pequim. No comunicado, o governo dos Estados Unidos reconhece a "importância" do fórum.

    O acordo China-EUA segue o compromisso de Trump de reduzir o colossal deficit comercial de Washington com Pequim, que em 2016 foi de quase US$ 350 bilhões.

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