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    Em agenda positiva, Temer acompanha saque do FGTS na Caixa

    MAELI PRADO
    DE BRASÍLIA

    12/05/2017 10h36

    "Olha o dinheiro saindo", gritou alguém, enquanto o presidente Michel Temer e o presidente da Caixa, Gilberto Occhi, acompanhavam a enfermeira Gislaine El Kadri, 41, sacar cerca de R$ 900 das suas duas contas inativas do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) da agência sede do banco.

    Ela havia esperado cerca de meia hora para fazer o saque na presença de Temer, assim como Ricardo Monteiro, 42, funcionário da matriz do banco, que foi convidado no dia anterior para participar de um café da manhã na agência e sacou cerca de R$ 1.600.

    "Selecionaram alguns clientes, até pelo esquema de segurança necessário pela visita do presidente. Disseram que haveria um café da manhã na agência", contou Monteiro.

    Quando o presidente chegou perto do caixa onde ela e o bancário aguardavam, El Kadri comentou que iria "comprar roupa". "Acho que vou comprar uma roupa para mim, não é um dinheiro que eu estava esperando", disse.

    Os jornalistas que acompanharam a visita do presidente foram acomodados em uma área na frente dos caixas eletrônicos, onde se desenrolou a cena.

    Questionado se sacaria o Fundo, ele respondeu baixinho que "não tem dinheiro".

    O presidente visitou a agência e depois foi embora sem falar com a imprensa. Ele seguiu para o Palácio do Planalto para comandar uma reunião com 25 de seus 28 ministros e fazer o balanço de seu primeiro ano de governo.

    A visita fez parte de uma estratégia de fixar uma agenda positiva para marcar um ano de seu governo. A ideia é dar visibilidade ao que o presidente considera a medida mais popular de sua gestão, marcada por reformas que sofrem resistência, inclusive de sua base aliada, como a trabalhista e a da Previdência.

    R$ 400 MILHÕES

    O presidente da Caixa afirmou, após a visita de Temer, que somente nos primeiros 15 minutos desta sexta (12) foram liberados R$ 400 milhões.

    "Esses recursos estão sendo usados para pagar dívidas, adquirir bens e poupar. Isso é uma injeção importante na economia", afirmou Occhi.

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