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    Empresas lançam terminais para busca de compra feita via internet

    FILIPE OLIVEIRA
    DE SÃO PAULO

    15/05/2017 02h00

    Divulgação
    Terminal para retirada de produtos adquiridos pela internet da start-up EasyPost
    Terminal para retirada de produtos adquiridos pela internet da start-up EasyPost

    O cliente compra pela internet, mas, em vez de esperar o produto em casa, vai buscá-lo no metrô, no posto de gasolina ou em uma loja.

    Essa ideia, já presente nos Estados Unidos e na Europa, está sendo trazida para o Brasil por duas empresas que querem espalhar terminais para pegar itens comprados na rede, a InPost e a EasyPost.

    Conhecidos como "lockers", eles têm aparência de armários tecnológicos, com dezenas de guarda-volumes de vários consumidores.

    A abertura deles é feita a partir de meios eletrônicos, como QR Code (similares a códigos de barras usados em smartphones) ou senhas.

    O serviço busca atender tanto à população que mora onde as encomendas não chegam como também quem não tem portaria em casa para receber os produtos a qualquer hora do dia.

    "Nas favelas, estão pessoas com poder aquisitivo, que usam a internet, mas que não podem fazer nenhum pedido e precisam contar com a casa de amigos, parentes, entrega no trabalho", afirma Marco
    Beczkowski, sócio da InPost no Brasil.

    As duas empresas começaram suas atividades a partir do Rio de Janeiro.

    Atualmente a InPost conta com dez terminais em operação, todos em unidades da rede de postos Ipiranga.

    De origem polonesa, a empresa atua em mais 22 países e conta com cerca de 7.000 terminais mundo afora.

    A EasyPost possui oito unidades, incluindo "lockers" no aeroporto Santos Dumont, em shoppings e em estações de metrô. Também tem parceria com postos Shell.

    A companhia, que foi aberta com investimento de R$ 18 milhões, informa que começará a instalação de terminais em São Paulo neste mês.

    Ambas afirmam ter como objetivo chegar a 300 unidades até o final do ano.

    PARCERIAS

    O uso dos terminais pelos consumidores depende de parcerias firmadas entre as operadoras dos "lockers" e as lojas virtuais.

    Quando o cliente fecha uma compra em loja parceira, é dada a opção de enviar o produto para um armários disponíveis em sua região.

    A primeira parceria da InPost foi fechada com a loja de joias Pandora, enquanto a EasyPost recebe produtos comprados na SOS Presentes.

    Em breve, itens da Decathlon e da Word Tennis também devem estar disponíveis, segundo a companhia.

    Outra vantagem que o modelo pode trazer para o comércio eletrônico é a redução de custo de frete, diz Mauricio Salvador, presidente da ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico).

    Isso porque é mais barato para uma empresa concentrar suas entregas em menos endereços. É mais vantajoso levar 50 encomendas para um único terminal do que entregá-las em 50 endereços diferentes,
    por exemplo.

    Antes da chegada dos terminais, A Via Varejo já vinha expandindo modelo parecido -no qual o consumidor compra no site e faz retirada nas lojas- desde 2015.

    Todas as unidades do PontoFrio, Extra e Casas Bahia podem ser usadas para retirada de itens comprados na internet.

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