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    Política monetária não deve reagir à volatilidade, diz presidente do BC

    DA REUTERS

    22/05/2017 15h56

    Karime Xavier / Folhapress
    Presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn: BC reduziu para 0,8% a expectativa para alta do PIB em 2017
    Presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn

    O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, voltou a ressaltar nesta segunda (22) a importância do país continuar no caminho das reformas na economia apesar do cenário de maior incerteza política e destacou que política monetária não deve reagir à volatilidade do mercado de câmbio.

    Em evento em São Paulo, Ilan repetiu que não há relação direta e mecânica de sua recente atuação e monitoramento com a política monetária, que continuará a ser definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) com foco nos seus objetivos tradicionais.

    No fim do mês, o BC decide sobre o futuro da Selic, atualmente em 11,25% ao ano. Nesta segunda-feira, as apostas majoritárias indicavam cerca de 80% de chance de corte de 0,75 ponto percentual, com o restante sinalizando corte de 1 ponto, segundo dados da Reuters. Antes da crise política, a redução de 1,25 ponto era a aposta amplamente majoritária.

    O banco continuará monitorando o impacto das notícias da cena política nos mercados financeiros e atuando para mantê-los em plena funcionalidade, reafirmou Ilan.

    Ele também reiterou que o BC e o Tesouro Nacional dispõem de "vários instrumentos" para tanto, conforme pontos de seu discurso publicados no site do BC, praticamente iguais aos divulgados na sexta-feira passada.

    Nesta segunda-feira, o BC deu continuidade à sua intervenção diante do nervosismo do mercado e vendeu todos os 40 mil novos swaps cambiais tradicionais –equivalentes à venda futura de dólares.

    O BC também vendeu todos os 8.000 contratos para a rolagem dos swaps que vencem em junho, que totalizam US$ 4,435 bilhões. Já foram rolados US$ 2,435 bilhões desse total.

    Na semana passada, o dólar fechou com alta acumulada de mais de 4% sobre o real, refletindo as profundas dúvidas sobre as condições de governabilidade do presidente Michel Temer, que é alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção passiva, organização criminosa e obstrução da Justiça, em investigação aberta com base em acordo de delação fechado por Joesley Batista, do grupo JBS.

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