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    Dívida pública federal cresceu em abril pelo 3º mês consecutivo, diz Tesouro

    DA REUTERS

    24/05/2017 10h53

    A dívida pública federal cresceu 0,32% em abril na comparação com março, alcançando R$ 3,245 trilhões, divulgou o Tesouro Nacional nesta quarta-feira (24).

    Com isso, marcou seu terceiro mês consecutivo de alta, mas ainda permaneceu abaixo da faixa de R$ 3,45 trilhões a R$ 3,65 trilhões estabelecida pelo Tesouro para o estoque da dívida em 2017, conforme Plano Anual de Financiamento (PAF).

    No mês, a dívida pública mobiliária interna teve expansão de 0,30% na mesma base de comparação, a R$ 3,123 trilhões, afetada de um lado pela apropriação positiva de juros de R$ 21,75 bilhões e, de outro, pelo resgate líquido de R$ 12,37 bilhões.

    Já a dívida externa subiu 0,81%, fechando abril em R$ 121,28 bilhões, após valorização de 1,40% do dólar.

    Quanto à composição, os títulos prefixados seguiram respondendo pela maior fatia na dívida total, com participação de 33,95%, abaixo dos 34,86% de março, mas ainda dentro do intervalo de 32% a 36% fixado para 2017.

    Os títulos pós-fixados, representados pelas LFTs, viram sua fatia subir a 29,99% em abril, ante 29,32% um mês antes. Para o ano, o Tesouro estabeleceu uma participação almejada de 29% a 33%.

    Os papéis corrigidos pela inflação, cujo peso para o ano também foi definido em 29% a 33%, passaram a 32,20% do total da dívida em abril, acima dos 31,97% em março.

    Em março, a participação dos investidores estrangeiros em títulos da dívida interna interrompeu a trajetória de queda mostrada nos últimos meses e subiu a 13,63% em abril, sobre 13,26% no mês anterior.

    ATUAÇÃO COORDENADA

    Em atuação coordenada com o Banco Central para tentar acalmar o mercado, o Tesouro fez na véspera o último dos três leilões extraordinários de LTN, NTN-F e NTN-B que havia anunciado. No total, foi efetuado um resgate líquido de aproximadamente R$ 2,11 bilhões.

    Em nota nesta quarta-feira (24), o Tesouro avaliou que "os leilões cumpriram com o objetivo de fornecer parâmetros de referência de preços e contribuíram para um melhor funcionamento do mercado financeiro nos últimos dias".

    O Tesouro também anunciou o cancelamento dos leilões de venda de LTN e NTN-F previstos para quinta-feira (25) e afirmou que permanecerá monitorando as condições de mercado para garantir seu bom funcionamento.

    Sua atuação vem a reboque de intensa crise política instaurada no país após a divulgação na semana passada de conversa entre o presidente Michel Temer e o empresário Joesley Batista, da JBS.

    Diante do cenário de incertezas para o prosseguimento das reformas na economia, a volatilidade tomou conta dos mercados, afetando a negociação de títulos públicos, o comportamento do dólar e o desempenho das ações na Bolsa.

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