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    Lava Jato

    JBS faz proposta de R$ 4 bi para fechar leniência, e Procuradoria rejeita

    BELA MEGALE
    CAMILA MATTOSO
    DE BRASÍLIA

    24/05/2017 18h48 - Atualizado às 20h51

    Danilo Verpa - 13.fev.2017/Folhapress
    JBS diz que comprou dólares como política de 'proteção financeira"
    Joesley Batista, um dos donos da JBS, empresa que negocia acordo de delação premiada

    A J&F, holding que é dona do frigorífico JBS, fez a proposta de pagar uma multa de R$ 4 bilhões para fechar o acordo de leniência com a Procuradoria do Distrito Federal.

    Um dos donos e delatores da JBS, Wesley Batista, participou nesta quarta (24) de uma reunião com procuradores em que a proposta foi feita.

    Os investigadores, porém, negaram. Eles mantêm o valor de R$ 11,1 bilhões cobrado da empresa que foi apresentado nos encontros realizados semana passada em São Paulo.

    Apesar de não terem chegado a um consenso, os procuradores afirmaram que as tratativas evoluíram e as conversas seguirão.

    A reunião aconteceu em Brasília com Wesley, advogados da J&F e a força-tarefa da Procuraria do Distrito Federal.

    O irmão dele, Joesley, não está participando diretamente das negociações.

    Nos encontros na capital paulista, a JBS chegou a oferecer contraproposta de R$ 1,4 bilhão, que também não foi aceita.

    Segundo a Procuradoria do DF, o valor cobrando no acordo de leniência pode variar até 20% do faturamento da empresa, conforme a lei anticorrupção de 2013.

    Os R$ 11,1 bilhões se referem a 5,8% do faturamento da J&F, porém, com atenuantes previstos em lei que reduzem a multa.

    Entre eles está o fato de os executivos da empresa terem fechados acordos da delação na esfera criminal. Isso permite que o montando cobrado seja reduzido em até dois terços, segundo a Procuradoria.

    As informações reveladas pela empresa também ajudam a atenuar a cifra a ser paga.

    A leniência funciona como uma espécie de delação premiada da pessoa jurídica e garante que a empresa possa continuar contraindo empréstimos com bancos público e também ser contratada pelo governo.

    A Odebrecht fechou seu acordo por R$ 6,9 bilhões a serem pagos em 23 anos. O montante será dividido entre Brasil, Estados Unidos e Suíça, que participaram das negociações. No entanto, mais de 80% do dinheiro ficará no Brasil.

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