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    Eike Batista recebe multa de R$ 21 mi por uso de informação privilegiada

    NICOLA PAMPLONA
    DO RIO

    13/06/2017 16h26

    Ricardo Moraes/Reuters
    Brazilian billionaire Eike Batista (L), CEO of EBX Group, gestures to the audience during a ceremony in celebration of the start of oil production of OGX, his oil and gas company, at the Superport Industrial Complex of Acu in Sao Joao da Barra in Rio de Janeiro in this April 26, 2012 file photo. As Batista's EBX industrial empire crumbles, it increasingly resembles his most visible accomplishment, the Port of Acu. In other words, a pile of sand in the middle of a swamp. To build the $2 billion iron ore and oil terminal, shipyard and industrial park 300 kilometers (190 miles) north of Rio de Janeiro, the world's largest dredging ship cut through the beach and dug 13 kilometers (8 miles) of docks out of dune and marsh. To keep tenants dry, the sandy waste is being piled as much as 15 meters over the surrounding flood plain. Picture taken April 26, 2012. To match Analysis BRAZIL-BATISTA/ REUTERS/Ricardo Moraes/Files (BRAZIL - Tags: ENERGY BUSINESS) ORG XMIT: RJO89 ***FOTO EM ARTE E NÃO INDEXADA***
    Eike Batista comemora início da produção da OGX, em 2012

    A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) condenou nesta terça (13) o empresário Eike Batista a multa de R$ 21.013.228 por uso de informação privilegiada na venda de ações da empresa OSX em 2013.

    O advogado de Eike, Darwin Corrêa, informou que vai recorrer ao Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional, conhecido como Conselhinho.

    No julgamento, a CVM avaliou a venda de 9.911.900 ações da OSX por Eike no dia 19 de abril de 2013, um mês antes de a empresa divulgar plano de negócios que derrubou seu valor de mercado.

    A acusação alega que, já sabendo que o plano seria divulgado, o empresário evitou um prejuízo de R$ 10.506.614, que seria o valor arrecadado se vendesse as ações após a divulgação do documento.

    No plano de negócios, a OSX reconheceu que não teria encomendas suficientes para sustentar um estaleiro que estava sendo construído no Porto do Açu e anunciou uma revisão das projeções futuras de crescimento.

    Em novembro daquele ano, a empresa pediria recuperação judicial.

    A defesa alega que Eike foi obrigado a vender as ações para cumprir prazo estipulado pela bolsa de São Paulo para adequar o volume de papéis negociados no mercado às regras vigentes.

    O argumento convenceu o diretor da CVM Pablo Rentería, que votou pela absolvição. Ele havia pedido vista do processo em abril, quando Eike começou a ser julgado por este caso.

    O presidente da CVM, Leonardo Pereira, e o diretor Henrique Machado, porém, votaram pela condenação de Eike. O valor da multa representa duas vezes a perda evitada com a venda das ações.

    "O voto vencido do Pablo foi contundente. Não havia bases para a condenação", afirmou, após o julgamento, o advogado do empresário.

    Ele argumentou ainda que, após a divulgação do plano, Eike injetou R$ 120 milhões para capitalizar a OSX, o que demonstraria sua "boa vontade" com relação à companhia.

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