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    Bolsa tem alta de 0,2% e dólar fecha quase estável com política no radar

    DE SÃO PAULO

    13/06/2017 18h12

    Nelson Antoine/FramePhoto/Folhapress
    Bolsa tem alta de 0,2% e dólar fecha quase estável com política no radar
    Bolsa tem alta de 0,2% e dólar fecha quase estável com política no radar

    Em dia marcado pela instabilidade, a Bolsa brasileira teve leve alta nesta terça-feira (13) e o dólar fechou praticamente estável, perto de R$ 3,31, com as atenções voltadas para o cenário político e também para a reunião do banco central americano, que termina nesta quarta-feira (14).

    O Ibovespa, que reúne as ações mais negociadas, subiu 0,21%, para 61.828 pontos. O volume negociado foi de R$ 6,06 bilhões, abaixo da média diária do ano, de R$ 8,26 bilhões.

    O dólar comercial teve leve baixa de 0,09%, para R$ 3,309. O dólar à vista, que fecha mais cedo, recuou 0,40%, para R$ 3,304.

    O cenário político se manteve no radar dos investidores nesta sessão. A decisão do PSDB de permanecer no governo amenizou as preocupações, mas a sinalização de que o partido pode deixar a base do presidente Michel Temer caso surjam novas denúncias contra o peemedebista acendeu o sinal de alerta no mercado.

    "Há uma incerteza grande em relação ao PSDB e a eventuais delações futuras. A permanência do PSDB no governo provocou um alívio momentâneo, mas o próprio partido deixou em aberto a possibilidade de desembarcar do governo caso surja um novo escândalo. A instabilidade se manteve", avalia Régis Chinchila, analista da Terra Investimentos.

    A indicação de que o ex-ministro Antonio Palocci e o operador Lúcio Funaro farão delação premiada com o Ministério Público Federal contribuiu para a instabilidade no mercado, avalia o analista.

    No exterior, o banco central americano deve definir nesta quarta-feira a taxa de juros nos Estados Unidos. A expectativa é que o patamar passe da atual banda de 0,75% a 1% para a faixa de 1% a 1,25%. Essa é a probabilidade calculada por 94,8% dos economistas e analistas ouvidos pela agência internacional Bloomberg.

    A desvalorização do dólar no mercado brasileiro acompanhou o enfraquecimento da moeda americana no mundo. Das 31 principais divisas mundiais, o dólar perdeu força ante 24.

    O Banco Central vendeu a oferta de 8.200 contratos de swaps cambiais (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro), para rolagem dos contratos que vencem julho. A autoridade monetária já rolou US$ 2,460 bilhões do total de US$ 6,939 bilhões que vence no mês que vem.

    O CDS (credit default swap), medida de risco do país, recuou 0,72%, para 235,6 pontos.

    AÇÕES

    Na Bolsa brasileira, as ações da JBS estiveram entre as maiores quedas do Ibovespa. Os papéis recuaram 2,72%, em meio a informações de que a empresa tenta vender a Vigor para levantar recursos para o pagamento de dívidas e multas.

    As ações da Petrobras fecharam em alta, apesar da instabilidade dos preços do petróleo no exterior. Os papéis mais negociados da estatal subiram 0,31%, para R$ 12,94. As ações que dão direito a voto avançaram 0,65%, para R$ 13,87.

    Os papéis da mineradora Vale acompanharam a queda de 2,75% dos preços do minério de ferro no exterior e caíram. Os papéis mais negociados da empresa recuaram 1,86%, para R$ 24,75. As ações que dão direito a voto tiveram desvalorização de 1,75%, para R$ 26,37.

    No setor financeiro, os papéis de bancos fecharam com sinais mistos. As ações do Itaú Unibanco subiram 1,23% e as do Banco do Brasil avançaram 0,81%.

    Os papéis preferenciais do Bradesco recuaram 0,80%, e os ordinários tiveram baixa de 0,11%. As units—conjunto de ações— do Santander Brasil caíram 0,24%.

    Na ponta positiva, os papéis da Klabin (+2,33%) e da Suzano (+2,17%) lideraram as altas do Ibovespa.

    Folhainvest

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