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    De olho no futuro, empresas no Japão põem seus funcionários para malhar

    DA AFP

    17/06/2017 17h45

    Quando o relógio marca 13h, um grupo de funcionários de TI (tecnologia da informação) em Tóquio abandona suas mesas e parte para alguns minutos de rigorosos alongamentos, enquanto uma voz no rádio dá a voz de comando: "ichi, ni, san" (um, dois, três).

    O pessoal engravatado está participando da sua já rotineira série de exercícios adotada pela empresa Adoc International. Já na companhia de equipamentos elétricos Fujikura, os funcionários podem ser vistos pendurados em barras multicoloridas, como as de parques infantis.

    Um número crescente de empresas japonesas estão adotando intervalos para os exercícios. A esperança delas é conseguir manter os funcionários mais flexíveis (e produtivos) por mais tempo, à medida que o número de trabalhadores no país diminui e a população é uma das que mais envelhecem no mundo.

    Manter os empregados em forma é, portanto, uma aposta de que eles vão continuar trabalhando mesmo depois da idade de aposentadoria.

    "A população japonesa está envelhecendo rapidamente e há cada vez menos crianças. Isso é um risco enorme para as empresas", diz Kenichiro Asano, que trabalha para o grupo de estratégia de cuidados da saúde da Fujikura.

    "Ter empregados em boa forma é uma importante estratégia corporativa", diz Asano. "Boa saúde significa uma sociedade saudável e uma companhia saudável."

    A estratégia também é bem-vista pelo governo japonês, já que há um número crescente de aposentados com problemas médicos, o que tem impacto nas contas públicas.

    Gigantes como a montadora Toyota e a Rakuten (de comércio eletrônico) também adotaram a estratégia. Na Sony, espera-se que os empregados —desde os trabalhadores de chão de fábrica até os principais executivos da empresa— participem da sessão diária de alongamento que acontece às 15h, ainda que a presença não seja obrigatória.

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