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    AGU pede ao TCU bloqueio imediato de bens da JBS

    GUSTAVO URIBE
    DE BRASÍLIA

    21/06/2017 15h30

    Zanone Fraissat/Folhapress
    SAO PAULO/SP-BRASIL,29/08/13 wesley Batista (esq) e Joesley Batista (dir), donos da friboi na cerimonia de entrega do premio as Melhores da Dinheiro 2013 no Credicard Hall.(Foto: Zanone Fraissat /MONICA BERGAMO)
    Irmão Wesley e Joesley Batista

    A AGU (Advocacia-Geral da União) ingressou com pedido nesta quarta-feira (21) no TCU (Tribunal de Contas da União) de bloqueio imediato dos bens do grupo JBS e de seus responsáveis, os irmãos Joesley e Wesley Batista.

    A iniciativa tem como objetivo evitar que o grupo empresarial se desfaça de seu patrimônio no país antes do término de apuração do tribunal de contas sobre eventuais prejuízos que ele tenha causado ao BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social).

    A suspeita, investigada no rastro da Operação Bullish deflagrada em maio pela Polícia Federal, é de que houve irregularidades na maneira como o banco público aprovou investimentos de R$ 8,1 bilhões na expansão da JBS, maior processadora de carne do mundo.

    O cálculo é de que a operação tenha causado um prejuízo de cerca de R$ 850 milhões. Em nota, a AGU informou que tomou a decisão "depois de serem divulgadas notícias de que o grupo estaria em "avançado processo de desfazimento de bens no país".

    A iniciativa é mais um episódio do confronto travado entre o presidente Michel Temer e o empresário Joesley Batista. Em delação premiada, na qual gravou conversa com o peemedebista, o executivo acusou o peemedebista de ter dado autorização para comprar o silêncio do ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

    Em resposta, o presidente acusou o empresário de mentir e de ter feito uma gravação "fraudulenta". Ele também o processou por calúnia, injúria e difamação. A delação premiada baseia parte da investigação aberta contra o peemedebista por corrupção passiva, obstrução judicial e formação de organização criminosa.

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