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    BC dos BCs vê riscos em taxas de juro baixas e cobra elevações

    DA REUTERS

    25/06/2017 20h43

    Os principais bancos centrais devem continuar a aumentar as taxas de juros, afirmou neste domingo (15) o BIS (Banco de Compensações Internacionais, o banco central dos bancos centrais), ao mesmo tempo em que reconheceu que ocorrerão turbulências nos mercados.

    Em um dos seus relatórios mais otimistas em anos, o BIS, entidade não qual os BCs fazem seus depósitos, afirmou que o crescimento global poderá em breve voltar a níveis médios de longo prazo depois de uma forte melhora na confiança ao longo do último ano.

    Para o órgão, adiar o aumento nos juros pode fazer com que as taxas tenham de subir mais e por mais tempo a fim de evitar futuras crises.

    Embora bolsões de risco permaneçam em razão de altos níveis de endividamento, do baixo crescimento da produtividade e da diminuição do poder de fogo das políticas monetárias, o BIS afirmou que os bancos centrais devem aproveitar a melhoria das perspectivas econômicas para acelerar o fim dos juros baixos em nível recorde.

    "Uma vez que estamos emergindo de um período muito longo de política monetária muito acomodatícia, seja lá o que fizermos, teremos de fazê-lo de forma muito cuidadosa", disse o chefe de pesquisa do BIS, Hyun Song Shin.

    "Mesmo que haja alguns choques de curto prazo na estrada, seria muito mais aconselhável manter o curso e começar esse processo de normalização", afirmou.

    O BIS identificou quatro riscos principais para as perspectivas globais no mé- dio prazo: 1) uma súbita alta de inflação que force as taxas de juros para cima e prejudique o crescimento; 2) o estresse financeiro vinculado à fase de contração dos ciclos financeiros; 3) um aumento do protecionismo e 4) um consumo mais fraco não compensado por investimentos mais fortes.

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