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    Guia da Micro, Pequena e Média Empresas (MPME)

    Sebrae quer se aliar a start-ups para distribuir melhor crédito do BNDES

    FILIPE OLIVEIRA
    DE SÃO PAULO

    28/06/2017 08h56

    Vinícius Pereira/Folhapress
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    Feira do empreendedor do Sebrae, em São Paulo

    O Sebrae quer usar start-ups do setor financeiro (companhias iniciantes de tecnologia conhecidas como fintechs) para melhorar a distribuição do crédito do BNDES às pequenas empresas.

    Segundo Guilherme Afif Domingos, presidente do Sebrae Nacional, a rede de bancos privados (em geral responsável por repassar crédito do BNDES às empresas menores) têm pouco interesse em oferecer produtos que não sejam os seus próprios e trabalham com regras e burocracias que dificultam o acesso dos pequenos empresários a empréstimos.

    Por outro lado, as fintechs teriam agilidade e tecnologia para fazer uma distribuição do crédito mais fácil e menos concentrada em grandes companhias, diz Afif.

    Pesquisa do Sebrae feita em maio indica que 21% das micro e pequenas empresas já acessaram crédito do BNDES.

    A ideia do presidente do Sebrae é que a instituição e o BNDES realizem uma seleção de start-ups que possam fazer essa ponte entre o banco e as pequenas empresas.

    O Sebrae também poderia viabilizar operações a partir de um fundo de aval que a instituição mantém para permitir o acesso a empréstimos de companhias que não tem garantias para oferecer a credores (para usá-los, as empresas pagam um percentual da operação ao fundo).

    Questionado sobre o risco de essas fintechs, com poucos anos de mercado, ainda não estarem tecnicamente prontas para lidar com grandes volumes financeiros e de operações sem criar riscos para o mercado, Afif afirma que o papel delas será apenas o de oferecer suas tecnologias e processar as operações. Farão isso seguindo parâmetros definidos pelo BNDES: "Quem concederá o crédito será o banco".

    Porém ele não descarta a possibilidade de ajustes serem necessários após implantação do sistema.

    "Caso haja algum problema causado pelas fintechs, isso se refletirá na inadimplência e será possível fazer correções. E todas as operações terão garantias [o que protegeria o BNDES de perdas com calotes]."

    Novas reuniões entre Sebrae e BNDES para discutir o assunto devem ocorrer em duas semanas. Afif diz acreditar que o início das operações com fintechs será ainda neste ano.

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