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    Tarifa sobre etanol importado será decidida pela Camex, diz ministro da Agricultura

    DA REUTERS

    07/07/2017 13h20

    Joel Silva/Folhapress
    SERTAOZINHO, SP, BRASIL- 09-05-2017 : Colheirta mecanizada da Usina Santo Antonio em sertãozinho.Usina Santo Antonio tem toda colheita mecanizada. Mecanizacao no corte de cana e crise no setor de usinas de producao de alcool e acucar, provoca mudancas na migracao de trabalhadores rurais no interior de Sao Paulo.. ( Foto: Joel Silva/Folhapress ) *** *** ( ***EXCLUSIVO FOLHA***)
    Colheita de cana-de-açúcar, matéria-prima para produção de etanol no país

    A decisão sobre taxar importações de etanol cabe à Camex (Câmara de Comércio Exterior), disse nesta sexta-feira (7) o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, que reafirmou seu apoio à imposição de tarifas diante de um forte crescimento das compras externas que tem afetado produtores locais.

    "Fiz um comunicado à Camex a favor do pleito dos produtores do Nordeste. Fiz porque sou da Agricultura, e meu interesse é pelos agricultores, mas isso não foi bem aceito pelo governo... A Camex tomará a melhor decisão", disse após participar do evento "Diálogo Brasil-Japão", em São Paulo.

    Prejudicados pela forte importação no primeiro semestre, os produtores de etanol do Nordeste passaram a defender uma taxa de 20% sobre as compras externas do produto, enquanto a União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), principal associação sucroenergética do centro-sul, solicita 17%.

    A Camex, um órgão interministerial, deve discutir a questão no fim do mês.

    A imposição de uma tarifa sobre as importações de etanol, que vêm quase inteiramente dos Estados Unidos, colocaria o Brasil em uma rota de colisão com a política comercial mais agressiva da administração Donald Trump. Essa questão tem levado o governo brasileiro a adotar cautela, diante da possibilidade de uma retaliação dos EUA.

    Indagado sobre as discussões no governo sobre taxar importação de gasolina, o ministro afirmou desconhecer o tema.

    Maggi também disse que esteve na quinta-feira com o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), para discutir a mudança de local da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo).

    Segundo ele, foram assinados dois termos de compromissos, um sobre os trâmites para escolha de um novo endereço para a companhia, e outro sobre a utilização futura do atual terreno da Ceagesp.

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