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    Relator da LDO de 2018 quer que alta de despesa obrigatória implique cortes

    DA REUTERS

    10/07/2017 14h50

    Marcos Santos/USP Imagens
    Um em cada três consumidores brasileiros terminou 2016 inscrito no cadastro de negativados
    Relator da LDO de 2018 quer que alta de despesa obrigatória implique cortes

    O relator do projeto de LDO (Lei Diretrizes Orçamentária) de 2018, deputado Marcus Pestana (PSDB-MG), propôs em seu relatório final que todo aumento de despesas obrigatórias que ocorrer no próximo ano terá de ser compensado por corte de outra despesa obrigatória.

    O documento foi apresentado para a CMO (Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização) e ainda depende de aprovação dos deputados.

    "Diante do crescimento inercial dos atuais gastos obrigatórios, recomenda-se, pela absoluta inexistência de margem líquida, que a criação ou a expansão de qualquer tipo de despesa primária obrigatória sujeita ao teto dependa, em 2018, necessariamente de cancelamento compensatório", escreveu o relator.

    Boletim Focus

    Pestana também manteve as metas fiscais estabelecidas pela equipe econômica para o ano que vem, de deficit primário de R$ 131,3 bilhões —ou 1,8% do PIB (Produto Interno Bruto)— para o setor público consolidado. Esse número é composto por deficit primário de R$ 129 bilhões do governo central, rombo de R$ 3,5 bilhões nas empresas estatais e superavit de R$ 1,2 bilhão de Estados e municípios.

    Para manter a meta estipulada pela equipe econômica, Pestana usou como premissas as projeções do governo de crescimento de 0,5% do PIB em 2017 e de 2,49% em 2018.

    "Não vislumbramos neste momento necessidade alguma de alteração nas projeções apresentadas, razão pela qual as mantivemos íntegras, tal como elaboradas na origem", escreveu Pestana.

    Os números do governo, no entanto, são mais otimistas do que o previsto pelo mercado, o que pode frustrar a arrecadação e consequentemente afetar a meta fiscal. No relatório Focus, do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira, os economistas esperam avanço de 0,34% e 2% para o PIB de 2017 e 2018, respectivamente.

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