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    Odebrecht conclui venda de fatia no RioGaleão para chinesa HNA

    NICOLA PAMPLONA
    DO RIO

    13/07/2017 13h42 - Atualizado às 17h14

    Daniel Marenco/Folhapress
    Terminal 1 do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, o Galeão
    Terminal 1 do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, o Galeão

    A Odebrecht TransPort informou nesta quinta (13) que assinou contrato de venda para a chinesa HNA de suas ações na concessionária RioGaleão, que administra o Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio.

    A operação é parte de um processo de reestruturação dos ativos da subsidiária da Odebrecht, que também é alvo de delações da Operação Lava Jato.

    O negócio, de R$ 60 milhões, envolve 31% das ações da concessionária RioGaleão. Segundo a empresa, os recursos serão usados para fortalecer o capital da companhia.

    A Odebrecht Transport fechou 2016 com prejuízo de R$ 1,063 bilhão e dívida líquida de R$ 5,157 bilhões.

    A concessão do aeroporto Tom Jobim foi adquirida em leilão realizado em 2013, no qual o consórcio liderado pela Odebrecht Transport e operadora de aeroportos Changi Airports, de Cingapura, se comprometeram a pagar R$ 19 bilhões em outorga, um ágio de 293,91% com relação ao preço mínimo.

    O alto valor foi comemorado pelo governo Dilma, mas hoje é apontado como um dos fatores que levou as primeiras concessões de aeroportos a enfrentar dificuldades.

    Em abril, a concessionária fechou acordo com o governo para rever o cronograma de pagamentos das parcelas da outorga, alegando dificuldades diante do cenário econômico do país.

    "O interesse de um grupo empresarial desse porte ratifica o potencial do RioGaleão", disse, em nota, a presidente da Odebrecht TransPort, Juliana Baiardi. As sócias já investiram R$ 5,2 bilhões em modernização e ampliação do aeroporto.

    A operação, porém, ainda está sujeita a análise de autoridades.

    Na nota, a empresa diz que continua avaliando a "sua permanência, parcial ou não" de seus ativos - a Odebrecht Tranport participa de seis concessões rodoviárias, cinco de mobilidade urbana e quatro empresas de logística.

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