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    BNDES lança relatório em defesa de operações entre 2001 e 2016

    NICOLA PAMPLONA
    DO RIO

    14/07/2017 00h15

    Danilo Verpa - 29.mar.2012/Folhapress
    SAO PAULO, SP, 29.03.2012: Dr. Paulo Rabello de Castro durante reuniao com a coordenacao do Movimento Brasil Eficiente que anunciou nesta sexta-feira, em sua primeira reuniao do ano, a adesao do governador Eduardo Campos (PSB-PE) e do publicitario Nizan Guanaes, que cuidara da comunicacao do movimento. O evento ocorreu na Escola de Economia da FGV. (Foto: Danilo Verpa/Folhapress, PODER)
    Paulo Rabello de Castro, presidente do BNDES

    O BNDES lançará nesta sexta-feira (14) o relatório sobre suas operações financeiras prometido pelo novo presidente do banco, Paulo Rabello de Castro, após sua posse, em junho.

    O documento é visto internamente como uma defesa do quadro técnico e traz argumentos a favor da concessão de empréstimos subsidiados.

    Batizado pelo executivo de "Livro Verde", o documento traz dados de operações realizadas entre 2001 e 2016, período que compreende a maior parte dos negócios questionados pela oposição aos governos PT e órgãos de controle, como os financiamentos à exportação e o apoio à JBS.

    O resultado do trabalho foi comemorado por funcionários da instituição, já que não apontaria falhas na análise das operações.

    "É um banco de comportamento absolutamente ético e exemplar", afirmou Rabello de Castro, em entrevista à rádio Jovem Pan para falar sobre o documento, que já foi entregue ao presidente Michel Temer e ao presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE).

    O presidente do BNDES disse que cada operação é analisada por mais de 30 pessoas, sem possibilidade de ingerência do comando da instituição.

    "São rapazes e moças que têm comportamento ético", defendeu ele. "Seria muito difícil fazer um conluio envolvendo mais de 30 pessoas."

    Rabello de Castro argumentou que o apoio ao setor frigorífico respondeu a uma política de governo e envolveu não apenas a JBS mas também outras empresas do setor.

    O documento destaca ainda que, entre 2006 e 2017, o fluxo acumulado de recursos entre o BNDES e o Tesouro Nacional é superavitário para este último, mesmo com a concessão de empréstimos subsidiados pela TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo).

    O fluxo é superavitário entre 2008 e 2014, passando a ser deficitário apenas a partir de 2015.

    "Em termos correntes, quase 50% do superavit primário [no período] é feito por tributos e dividendos devolvidos pelo banco", defendeu Rabello de Castro à Jovem Pan.

    Na semana passada, questionamentos feitos por Rabello de Castro à substituição da TJLP pela Taxa de Longo Prazo (TLP), que reflete o custo de captação do Tesouro, levaram à demissão de dois diretores do BNDES que ajudaram a elaborar a nova taxa, Vinícius Carrasco e Cláudio Coutinho.

    Para o presidente do BNDES, a nova taxa aumentaria o risco do investidor. O Ministério da Fazenda respondeu prontamente, afirmando que não abre mão da mudança.

    O "Livro Verde" foi uma promessa de Rabello de Castro logo após a sua posse, que ocorreu em um momento de fortes questionamentos sobre a atuação do banco após a Operação Bullish, da Polícia Federal, que investigou empréstimos concedidos à JBS.

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