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    Indústria ataca aumento de tributo e defende novos cortes de gastos

    DE SÃO PAULO

    20/07/2017 19h42

    Pedro Ladeira - 1º.out.15/Folhapress
    BRASILIA, DF, BRASIL, 01-10-2015, 09h00: Um pato inflável de 12 metros de altura é visto no gramado em frente ao congresso, na esplanada dos ministérios em Brasília. O ato marca o lançamento da campanha "Não vou pagar o Pato" em Brasília, organizado pela FIESP. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress, PODER)
    Pato inflável de 12 metros de altura, parte da campanha da Fiesp contra aumento de impostos

    Associações da indústria criticaram a decisão do governo Michel Temer de aumentar a tributação sobre os combustíveis. A alíquota sobre a gasolina deve dobrar, enquanto a sobre o diesel e o etanol devem subir R$ 0,21 e R$ 0,19 por litro, respectivamente.

    A medida foi adotada para aumentar a arrecadação de impostos, que continua fraca em razão do nível baixo de atividade econômica. A estimativa é que o aumento do PIS/Cofins sobre os combustíveis resulte em receitas adicionais no valor de R$ 10,4 bilhões.

    Em resposta, a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) resgatou o pato, símbolo da campanha contra a recriação da CPMF em 2015 e nos protestos pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

    "Não cansaremos de repetir: Chega de Pagar o Pato. Diga não ao aumento de impostos! Ontem, hoje e sempre", diz a nota divulgada pela entidade.

    A federação argumenta que o aumento do tributo vai recair sobre uma sociedade "já sufocada, com 14 milhões de desempregados, falta de crédito e sem condições gerais de consumo", o que vai levar a um agravamento da crise econômica.

    "Todos sabem que o caminho correto é cortar gastos, aumentar a eficiência e reduzir o desperdício", diz o texto assinado pelo presidente da Fiesp, Paulo Skaf.

    A CNI (Confederação Nacional da Indústria) também defendeu que o governo ajuste suas contas cortando gastos no lugar de aumentar impostos.

    Em nota, a entidade diz que o aumento "penalizará ainda mais as empresas, que estão com as finanças debilitadas pela recessão".

    "A elevação dos tributos drena recursos do setor privado para o setor público. Provoca o aumento dos custos das empresas e reduz o poder de compra das famílias, o que prejudica o crescimento da economia", afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.

    A organização cobra ainda que o governo acelere as reformas, sobretudo a da Previdência –parada na Câmara desde a divulgação da gravação de conversa entre Temer e o empresário Joesley Batista, dono da JBS.

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