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    Aluguel que vence em agosto também pode ficar mais barato

    DE SÃO PAULO
    DA REUTERS

    28/07/2017 09h55 - Atualizado às 14h48

    Os contratos de aluguel que vencem em agosto poderão ficar mais baratos, ao invés de subirem de preço.

    Isso ocorre porque o indicador de inflação usado para reajustar a maioria dos contratos de aluguel, o IGP-M (Índice Geral de Preços-Mercado) fechou os últimos 12 meses até julho em queda de 1,66%.

    Como exemplo, um aluguel mensal de R$ 2.000 que vence em agosto passaria a ser de R$ 1.966,80.

    Segundo o SecoviSP, sindicato do setor imobiliário, o proprietário é obrigado a reduzir o valor do aluguel se o índice definido para o reajuste for o IGP-M, o que ocorre com a maioria dos contratos. No entanto, a entidade recomenda que haja uma negociação entre inquilino e proprietário.

    De julho de 2015 a dezembro de 2016, os novos contratos de aluguel reduziram de preço, segundo o Secovi-SP. Isso serviu de motivo para que moradores antigos de imóveis pedissem para não aplicar o reajuste anual de inflação sobre o valor pago mensalmente ao proprietário.

    O mesmo ocorreu com contratos vencidos, que poderiam ter aumento de preço na renovação.

    Nesses casos, o SecoviSP sugere que não haja redução de preço, mas manutenção do valor pago atualmente.

    É o segundo mês consecutivo de queda do indicador. No mês passado, o IGP-M em 12 meses registrou queda de 0,78%. Entre 2009 e 2010, o índice acumulou sete meses seguidos de baixa, reflexo da crise econômica mundial.

    vídeo inflação

    MÊS

    O IGP-M, indicador de inflação usado para reajustar a maioria dos contratos de aluguel, recuou 0,72% em julho, registrando a quarta deflação seguida, informou nesta sexta-feira (28) a FGV (Fundação Getulio Vargas).

    A deflação de julho foi um pouco mais intensa do que previam os analistas consultados pela Reuters. A estimativa era de queda de 0,65%.

    IGP-M - Em %

    O resultado de julho foi influenciado sobretudo pelo avanço mais brando do INCC (Índice Nacional de Custo da Construção). Neste mês, o índice desacelerou a alta a 0,22%, ante 1,36% em junho, pelo alívio no custo da mão de obra.

    O item que apura o custo da mão de obra subiu 0,37% em julho, bem abaixo dos 2,48% observados no mês anterior. Em 12 meses, INCC já subiu de 6,47%.

    Os dados deste mês também mostram que o IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do indicador geral, teve queda de 1,16% em julho, ante recuo de 1,22% em junho. Em 12 meses, o IPA recuou 4,33%.

    Já a pressão para o consumidor aumentou. O IPC (Índice de Preços ao Consumidor), com peso de 30% no IGP-M, avançou 0,04% no período, ante queda de 0,08% em junho. Nos 12 meses até julho, o IPC subiu 3,23%.

    A principal contribuição para o avanço veio do grupo habitação, que saiu de uma deflação de 0,02% para uma alta de 0,46%.

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