-
-
Mercado
Saturday, 04-May-2024 05:56:20 -03Aluguel que vence em agosto também pode ficar mais barato
DE SÃO PAULO
DA REUTERS28/07/2017 09h55 - Atualizado às 14h48
Os contratos de aluguel que vencem em agosto poderão ficar mais baratos, ao invés de subirem de preço.
Isso ocorre porque o indicador de inflação usado para reajustar a maioria dos contratos de aluguel, o IGP-M (Índice Geral de Preços-Mercado) fechou os últimos 12 meses até julho em queda de 1,66%.
Como exemplo, um aluguel mensal de R$ 2.000 que vence em agosto passaria a ser de R$ 1.966,80.
Segundo o SecoviSP, sindicato do setor imobiliário, o proprietário é obrigado a reduzir o valor do aluguel se o índice definido para o reajuste for o IGP-M, o que ocorre com a maioria dos contratos. No entanto, a entidade recomenda que haja uma negociação entre inquilino e proprietário.
De julho de 2015 a dezembro de 2016, os novos contratos de aluguel reduziram de preço, segundo o Secovi-SP. Isso serviu de motivo para que moradores antigos de imóveis pedissem para não aplicar o reajuste anual de inflação sobre o valor pago mensalmente ao proprietário.
O mesmo ocorreu com contratos vencidos, que poderiam ter aumento de preço na renovação.
Nesses casos, o SecoviSP sugere que não haja redução de preço, mas manutenção do valor pago atualmente.
É o segundo mês consecutivo de queda do indicador. No mês passado, o IGP-M em 12 meses registrou queda de 0,78%. Entre 2009 e 2010, o índice acumulou sete meses seguidos de baixa, reflexo da crise econômica mundial.
MÊS
O IGP-M, indicador de inflação usado para reajustar a maioria dos contratos de aluguel, recuou 0,72% em julho, registrando a quarta deflação seguida, informou nesta sexta-feira (28) a FGV (Fundação Getulio Vargas).
A deflação de julho foi um pouco mais intensa do que previam os analistas consultados pela Reuters. A estimativa era de queda de 0,65%.
O resultado de julho foi influenciado sobretudo pelo avanço mais brando do INCC (Índice Nacional de Custo da Construção). Neste mês, o índice desacelerou a alta a 0,22%, ante 1,36% em junho, pelo alívio no custo da mão de obra.
O item que apura o custo da mão de obra subiu 0,37% em julho, bem abaixo dos 2,48% observados no mês anterior. Em 12 meses, INCC já subiu de 6,47%.
Os dados deste mês também mostram que o IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do indicador geral, teve queda de 1,16% em julho, ante recuo de 1,22% em junho. Em 12 meses, o IPA recuou 4,33%.
Já a pressão para o consumidor aumentou. O IPC (Índice de Preços ao Consumidor), com peso de 30% no IGP-M, avançou 0,04% no período, ante queda de 0,08% em junho. Nos 12 meses até julho, o IPC subiu 3,23%.
A principal contribuição para o avanço veio do grupo habitação, que saiu de uma deflação de 0,02% para uma alta de 0,46%.
Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br
Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.brPublicidade -