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    Lucro do Itaú Unibanco cresce 10,7% no 2º trimestre, para R$ 6,17 bilhões

    DANIELLE BRANT
    DE SÃO PAULO

    31/07/2017 19h33 - Atualizado às 20h54

    Sergio Moraes - 29.abr.2014/Reuters
    Lucro do Itaú Unibanco cresceu 10,6% no 2º trimestre do ano, para R$ 6,16 bilhões
    Lucro do Itaú Unibanco cresceu 10,6% no 2º trimestre do ano, para R$ 6,16 bilhões

    O Itaú Unibanco teve crescimento de 10,7% no lucro líquido no 2º trimestre, para R$ 6,169 bilhões, com ajuda do aumento da receita com serviços e tarifas bancárias e com a redução das provisões contra calotes de clientes.

    Os números foram divulgados na noite desta segunda-feira (31), na primeira vez em que o banco publicou o balanço após o fechamento dos mercados acionários no Brasil e nos Estados Unidos.

    O resultado exclui receitas e despesas extraordinárias. Se comparado com os três meses anteriores, o lucro teve leve queda de 0,1%.

    Considerando despesas extraordinárias –com amortização de ágio e provisão para contingências, entre outros–, o lucro cai para R$ 6,014 bilhões. Significa um aumento de 9% em relação ao segundo trimestre de 2016, mas uma queda de 0,6% ante os três meses encerrados em março.

    O recuo da inadimplência ajudou o banco a diminuir as provisões contra calotes de clientes.

    Em um ano, o indicador que mede atrasos superiores a 90 dias caiu de 3,6% para 3,2%. Houve queda também na comparação com os 3,4% registrados de janeiro a março.

    Com isso, a reserva que o Itaú provisiona para devedores duvidosos caiu 21,9% em relação ao segundo trimestre de 2016, de R$ 6,337 bilhões para R$ 4,948 bilhões. Ante os três meses encerrados em março, a provisão recuou 8,2%.

    Foi o quinto trimestre consecutivo em que o banco reduziu sua provisão contra calote de clientes.

    O lucro também foi ajudado pelo aumento de 2,5% com receitas com serviços, especialmente os referentes a cartões de crédito.

    Do lado das despesas, os gastos com pessoal cresceram 8,3% no segundo trimestre, para R$ 4,989 bilhões. Já as despesas administrativas recuaram 0,6%, para R$ 3,969 bilhões. Como resultado, a despesa geral teve alta de 1,2% em um ano.

    CRÉDITO

    A carteira de crédito do Itaú recuou 3,6% em um ano, para R$ 552,35 bilhões.

    As concessões caíram tanto para indivíduos quanto para empresas. As linhas de crédito para pessoas físicas sofreram queda de 1,8%, para R$ 179,38 bilhões. A maior queda foi registrada pelo financiamento de veículos, que recuou 15,6% em um ano, para R$ 14,1 bilhões. A segunda maior retração veio do crédito pessoal, com retração de 9,9%, para R$ 25,87 bilhões.

    Em relação ao segundo trimestre de 2016, apenas cartão de crédito e crédito imobiliário cresceram. A primeira linha avançou 3,5%, para R$ 56,38 bilhões. As concessões de financiamento imobiliário, que tem garantias e são consideradas mais seguras pelos bancos, aumentaram 5,4% na comparação anual, para R$ 38,25 bilhões.

    Esse tipo de crédito é uma das apostas dos economistas para a retomada do crédito no país. Em junho, segundo dados do Banco Central, o estoque de empréstimos no Brasil cresceu 0,38%.

    Para pessoas jurídicas, houve contração dos empréstimos, em linha com o que acontece nos pares privados do Itaú. As concessões caíram 6,3% em um ano, para R$ 235,224 bilhões. O recuo foi maior para grandes empresas, com queda de 7,1%. Mas também foi registrado entre as micro, pequenas e médias –nesse caso, os empréstimos diminuíram 4%.

    Este foi o primeiro trimestre sob comando de Candido Bracher, que substituiu em maio Roberto Setubal, membro de uma das famílias controladoras do Itaú Unibanco e que estava no posto de presidente-executivo do banco havia 23 anos.

    Em maio, o Itaú anunciou a compra de 49,9% da XP, maior corretora do país, por R$ 5,7 bilhões. O negócio ainda está sujeito à aprovação dos órgãos reguladores.

    Pelo acordo, a participação do Itaú na corretora deve crescer nos próximos anos, até chegar a 75%.

    Segundo o Itaú, a XP, que tinha como mote a "desbancarização", terá gestão e condução "totalmente independentes, segregadas e autônomas".

    O banco prevê que a corretora seguirá atuando como plataforma aberta e independente, "buscando oferecer aos seus clientes uma gama diversificada de produtos próprios e de terceiros, competindo livremente com as demais corretoras e distribuidoras do mercado de capitais, inclusive aquelas pertencentes ao conglomerado Itaú Unibanco."

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